China mantém taxas de empréstimos e ações desabam

20 de dezembro de 2023
Painel eletrônico com cotações acionárias em Xangai, China - Foto: REUTERS/Aly Song

Painel eletrônico com cotações acionárias em Xangai, China – Foto: REUTERS/Aly Song

A China deixou inalteradas suas taxas referenciais de empréstimo na fixação mensal desta quarta-feira (20). Atendeu às expectativas do mercado, depois que o banco central manteve a taxa de juros de médio prazo na semana passada.

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No entanto, os observadores do mercado continuam a esperar mais afrouxamento monetário no novo ano. Medida necessária para dar suporte a uma recuperação econômica que está se arrastando, uma vez que a pressão deflacionária aumenta os custos reais de empréstimos.

A taxa primária de empréstimos (LPR) de um ano foi mantida em 3,45%, enquanto a LPR de cinco anos permaneceu em 4,20%.

A maioria dos empréstimos novos e pendentes na segunda maior economia do mundo baseia-se na LPR de um ano, que foi reduzida duas vezes em um total de 20 pontos-base em 2023.

A taxa de cinco anos influencia o preço das hipotecas. Ela foi reduzida em 10 pontos-base até o momento este ano.

Em uma pesquisa da Reuters com 28 observadores do mercado realizada esta semana, todos os participantes previam manutenção na LPR de um ano ou de cinco anos.

A decisão acontece depois que o banco central manteve sua taxa de juros de médio prazo, e a LPR de um ano está atrelada à taxa do instrumento de empréstimos de médio prazo (MLF).

Em geral, os participantes do mercado veem as mudanças na MLF como um precursor das mudanças na LPR.

Ações na China caem

As ações blue-chips da China atingiram uma mínima de quase quatro anos nesta quarta-feira (20), já que os investidores estão gradualmente perdendo as esperanças com medidas de estímulo e não estão dispostos a comprar na queda.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 1,1%, atingindo seu nível de fechamento mais baixo desde fevereiro de 2019, enquanto o índice de Xangai teve recuo de 1,03%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,66%.

Analistas disseram que o sentimento dos investidores está sombrio depois que a Conferência Central de Trabalho Econômico da semana passada não ofereceu grandes estímulos para impulsionar a recuperação. A manutenção da taxa de juros no médio prazo não colaborou em nada.

Uma pesquisa do BofA Ásia, divulgada nesta quarta-feira (20), mostrou que mais de 60% dos investidores preferem manter uma abordagem de esperar e observar ou procurar oportunidades em outros lugares do que se expor às ações da China.

“O interesse dos investidores por ativos de risco na China está chocantemente baixo”, divulga a pesquisa.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,37%, a 33.675 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,66%, a 16.613 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,03%, a 2.902 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,10%, a 3.297 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,78%, a 2.614 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,33%, a 17.635 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,28%, a 3.108 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,65%, a 7.537 pontos.