Dessa forma, a taxa básica de juros da economia fecha 2023 em 11,75% ao ano, e esse movimento de queda, que deve continuar ao longo de 2024, vai tornando menos atrativos os investimentos em renda fixa, especialmente aqueles atrelados à Selic.
-
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Ocorre, entretanto, que uma carteira de investimentos balanceada, sempre terá um percentual destinado à renda fixa, e por isso, é importante que você entenda a relação risco-retorno, a fim de otimizar seus ganhos e adequar seus percentuais de alocação às suas metas.
Como funcionam os títulos de renda fixa
rentabilidade, é adequada, é necessário considerar três aspectos interconectados: liquidez, risco e retorno.
Quanto maior a liquidez, menor o retorno
Títulos que oferecem grande liquidez têm menor risco, no entanto, baixo retorno. É o caso da poupança, das contas remuneradas, do Tesouro Selic e dos CDBs de liquidez diária. Esses são produtos indicados para sua reserva de emergência, que é aquele dinheiro para o qual você não busca rentabilidade, mas sim, disponibilidade imediata.
Em um cenário de taxas de juros em declínio, como o que temos atualmente, a busca por bons retornos na renda fixa começa a se tornar mais desafiadora e as melhores rentabilidades estão atreladas à tomar maior risco.
Leia também:
- Seis dicas que eu gostaria de ter recebido quando comecei a investir
- Décimo terceiro salário: investir ou pagar dívidas?
- O impacto da reforma tributária nos investimentos
Riscos e Recompensas: A Delicada Dança do Investimento
Investir em instituições com baixo rating de crédito ou em títulos não garantidos pelo FGC, como CRIs, CRAs e Debêntures, pode impulsionar seus ganhos, mas com maior exposição ao risco, e compreender essa relação é fundamental para construir uma estratégia sólida e alinhada com suas necessidades.
E aqui não estou dizendo que você não deve tomar risco, mas sim, que precisa entender essa relação entre liquidez-risco-retorno para poder definir a distribuição dos percentuais de seu patrimônio em variadas classes de ativos, de acordo com a sua estratégia.
Muita gente erra ao acreditar que renda fixa não tem risco, ou que em tempos de taxa Selic em queda, a renda fixa não compensa. Nenhuma das duas coisas é real. Todo investimento envolve algum grau de risco, e uma carteira bem estruturada sempre contemplará renda fixa e renda variável, em proporções compatíveis com as metas e prazos de cada investidor.
Eduardo Mira é formado em telecomunicações, com pós-graduação em pedagogia empresarial e MBA em gestão de investimento. É analista CNPI, certificado CPA10 e CPA20, ex-gerente do Banco do Brasil e da corretora Modal.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.