As ações do GPA (PCAR3) desabaram mais de 11% na manhã desta segunda-feira (11), após o varejista comunicar na véspera que começou trabalhos preliminares para uma potencial oferta primária de papéis da companhia da ordem de R$ 1 bilhão, bem como propôs uma nova formação para o conselho de administração.
“Caso a potencial oferta seja efetivada, os recursos obtidos serão empregados na redução do endividamento da companhia”, afirmou o GPA, que engajou Itaú BBA e BTG Pactual para analisar a viabilidade e os termos da potencial transação e BR Partners como assessor financeiro.
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Por volta das 10h20, os papéis da companhia recuavam 7,62%, a R$ 4,00, enquanto o Ibovespa cedia 0,31%. Na mínima até o momento, chegaram a R$ 3,84, declínio de 11,32%. As ações vinham de quatro altas seguidas, período em que acumularam elevação de 13%.
Na semana passada, o varejista realizou evento com analistas e investidores, no qual reforçou compromisso de reduzir o seu nível de endividamento. Na ocasião, o presidente-executivo, Marcelo Pimentel, disse que rumores sobre a companhia se transformar em uma corporation (empresa sem controlador definido) eram “especulação”.
Na visão de analistas do Bradesco BBI, a necessidade de uma oferta primária mostra que o atual plano de recuperação do GPA não é suficiente para equilibrar a sua estrutura de capital.
Os analistas do Bradesco BBI também avaliam ser improvável que o Casino siga a oferta primária, lembrando que o grupo, está em meio a um plano de recuperação e mudança na estrutura acionária controladora e revelou mais cedo neste ano intenção de vender os ativos sul-americanos, incluindo o GPA.
No entanto, a equipe do Bradesco BBI também destacou a potencial diluição de aproximadamente 50% para os acionistas.
Para o analista do Safra Vitor Pini, a notícia é positiva do lado do balanço, pois reduziria drasticamente o endividamento da empresa. “Contudo, a diluição resultaria na redução do nosso preço-alvo para 4,1 reais por ação, dos atuais 4,5 reais por ação”, afirmaram em relatório enviado a clientes.
Tanto o Safra como o Bradesco têm recomendação “neutra” para os papéis do GPA. No caso do Bradesco, o preço-alvo atual também é R$ 4,50.