Ibovespa abre em alta após Relatório de Inflação animar o mercado

21 de dezembro de 2023

O Ibovespa opera em alta de 0,53% na abertura do pregão desta quinta-feira (21), a 131.497 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores estão de olho na repercussão do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta manhã, que confirma a expectativa do mercado de que o BC está observando um cenário mais benigno para a inflação.

O dólar recuava 0,43% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,8902.

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O Banco Central melhorou sua estimativa de crescimento para a economia brasileira em 2023 a 3,0%, de 2,9% estimados em setembro, mostrou o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, que também apresentou projeção de alta de 1,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, de 1,8% antes.

O documento também trouxe uma forte revisão para melhor da chance de a inflação estourar o teto da meta neste ano, passando a projetar que a probabilidade de o índice superar o limite superior de 4,75% da banda de tolerância está em 17%, contra 67% estimados em setembro.

A autarquia previu um crescimento do crédito no país de 6,8% este ano, ante estimativa de 7,3% feita em setembro, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.

Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 8,6% em 2023, contra expectativa anterior de 9,9%. Para as empresas, a elevação foi calculada em 4,1%, ante 3,4% no último relatório.

O BC também melhorou sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano, passando a ver um déficit de US$ 26 bilhões, ante saldo negativo de US$ 36 bilhões projetado em setembro, enxergando para 2024 déficit de US$ 35 bilhões, de US$ 37 bilhões antes.

Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC passou a ver Investimentos Diretos no País (IDP) de US$ 60 bilhões em 2023, sobre US$ 65 bilhões antes. Na visão da autoridade monetária, o patamar deve subir para US$ 70 bilhões em 2024,
contra previsão anterior de US$ 75 bilhões.

Em Brasília, o Senado aprovou na quarta-feira (20) a MP que regulamenta subvenções e uma regra flexibilizada para o mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP), medida decisiva para os esforços do governo para zerar o déficit primário em 2024.

O impacto arrecadatório do texto aprovado nesta quarta, que segue à sanção presidencial, tende a ser diferente do previsto originalmente pelo Executivo, após o Congresso acordar com o governo alterações a pontos do projeto que devem reduzir receitas de um lado, mas aumentar em outros pontos.

Mercados internacionais

Na Ásia, as ações da China subiram nesta quinta-feira, recuperando-se de uma mínima de quase cinco anos atingida na sessão anterior, enquanto as ações de Hong Kong ficaram praticamente estáveis, pressionadas pelos mercados globais mais fracos depois que Wall Street interrompeu uma longa sequência de ganhos.

A China manterá a liquidez ampla e o crescimento do crédito razoável, de acordo com um comunicado do Banco do Povo da China nesta quinta-feira, citando comentários do presidente do banco central, Pan Gongsheng. Pan fez as declarações na segunda-feira, em um simpósio de especialistas sobre a situação econômica e financeira, segundo o comunicado.

O governo do Japão elevou ligeiramente nesta quinta-feira suas projeções de crescimento econômico para este ano fiscal em relação às estimativas anteriores, à medida que a demanda externa deve mais do que compensar o consumo interno fraco, informou o Escritório do Gabinete.

Na perspectiva econômica semestral, a taxa de crescimento econômico real para o ano fiscal de 2023/24 é estimada em 1,6%, acima dos 1,3% previstos antes, enquanto a demanda externa contribuiu com 1,4 ponto percentual para o crescimento geral, devido a uma recuperação no turismo e na produção de automóveis.

O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,04%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,51%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,57%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 1,59%.

(Com Reuters)