Marcel Telles transfere ações a filho e abre sucessão patrimonial na AB InBev

26 de dezembro de 2023
Paulo Fridman/Getty Images

Marcel Herrmann Telles: mais tempo envolvido diretamente na operação da Brahma

Marcel Herrmann Telles, um dos controladores da AB InBev (proprietária da AmBev) e quarto brasileiro mais rico (178º na posição global segundo a lista em tempo real da Forbes) iniciou o processo de sucessão patrimonial. Ele vai transferis sua participação na empresa de bebidas, avaliada em US$ 6 bilhões, para o filho Max Van Hoegaerden Herrmann Telles.

  • Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Essa participação responde por 54% do patrimônio de Marcel Telles, avaliado pela Forbes em US$ 11,2 bilhões nesta terça-feira (26). A informação foi arquivada nesta terça-feira (26) em um formulário na Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários americana.

Leia mais:

Em 2000, o trio de controladores – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e o próprio Telles – definiram a transação patrimonial. Ao todo, os três têm 11 herdeiros. Não foram estabelecidas datas. E foi Telles, de 73 anos e o mais jovem dos três (Lemann tem 84 e Sicupira tem 75), quem iniciou a sucessão.

Max é o filho mais jovem de Telles, fruto de seu casamento com Bianka van Hoegaerden, de quem o bilionário se divorciou em 2009. De perfil discreto, ele vem sendo preparado para assumir a participação do pai na Ab InBev. Já foi trainee da empresa em Saint Louis, nos Estados Unidos, e mais recentemente foi analista financeiro da BTG Pactual Asset Management, onde trabalhou entre setembro de 2019 e abril de 2022 em Londres e em Nova York, segundo sua página no LinkedIn.

Christian, filho mais velho de Telles, trabalha com venture capital e atualmente é sócio da americana Expanding Capital.

Do trio, Marcel Telles é o mais ligado ao setor de bebidas. Também é considerado o executivo mais “mão na massa” dos três, com um forte perfil operacional. Ele presidiu a Brahma depois que sua aquisição em 1989 pelo banco Garantia, fundado por Lemann. Dez anos depois, foi um dos artífices da histórica fusão com a Antarctica que criou a AmBev, e também participou diretamente da fusão com a belga InterBrew (que fabrica a Stella Artois) em 2004 e a associação com a Anheuser-Busch (que produz a Budweiser) em 2008.