Quem foi o dono do terreno mais caro já vendido no Rio

12 de dezembro de 2023
Reprodução

Aloysio de Andrade Faria morreu em 2020, aos 99 anos. Ele foi proprietário de um império financeiro formado pelo Banco Alfa, Banco Alfa de Investimentos, Alfa Seguradora e Alfa Previdência

R$ 370 milhões. Este foi o valor pago em um terreno de 30 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, para a companhia Tegra Incorporadora, em conjunto com a Construtora São José – considerada a maior venda das últimas décadas.

As donas do terreno eram as cinco filhas herdeiras do banqueiro Aloysio de Andrade Faria – Lucia, Junia, Flavia, Claudia e Eliana –, que ocupava a 55ª posição dos homens mais ricos do país do ranking de 2020 da Forbes. Aloysio esteve na lista dos bilionários da Forbes por 4 vezes: em 2014, na 3º edição do ranking no Brasil, 2016, 2017 e 2020.

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Segundo a incorporadora, o terreno, que está localizado na Avenida Lúcio Costa, no Rio de Janeiro, e faz esquina com a Avenida Peregrino Júnior, tem área para um “potencial desenvolvimento de um empreendimento residencial de altíssimo padrão”.

Quem foi Aloysio de Andrade Faria

Aloysio de Andrade Faria morreu em 2020, aos 99 anos, de causas naturais. Ele foi proprietário de um império financeiro formado pelo Banco Alfa, Banco Alfa de Investimentos, Alfa Seguradora e Alfa Previdência.

O bilionário mineiro, que era o integrante mais velho da lista da Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,32 bilhões na cotação da época), também tinha negócios em hotelaria, comunicação, alimentos, materiais de construção, água mineral e agronegócio.

Com a intenção de não seguir os mesmos passos do pai, Faria se formou em medicina, mas acabou trabalhando na área por apenas dois anos. Após a morte do patriarca, Clemente Faria, ele assumiu o controle do Banco Real – e assim iniciou nos negócios.

Depois de transformar o banco em uma das maiores do País, negociou a venda para o ABN Amro holandês por US$ 2,1 bilhões, em 1998. Foi com mais de 70 anos que ele fundou o Conglomerado Alfa.

Segundo informações do jornal O Globo, o bilionário era conhecido por seu comportamento discreto, o que lhe rendeu o apelido de “banqueiro invisível”. Além disso, Faria fez questão de manter a família distante dos negócios e preferiu que a gestão das empresas fosse profissionalizada.