-
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Os agricultores realizaram grandes protestos na França nas últimas semanas, irritados com o aumento dos custos e com as importações baratas, seguindo movimentos semelhantes em outros países europeus, incluindo a Alemanha e a Polônia.
Leia também:
- FMI e Argentina adiam para novembro a revisão final de empréstimo de 44 bilhões de dólares
- “O agro é uma indústria a céu aberto e precisamos de rapidez”, diz Roberto Motta
- Governo tem déficit de R$ 230,5 bi em 2023 com rombo recorde em dezembro
Os agricultores da França se opuseram especialmente às negociações em andamento sobre um acordo comercial entre a UE e os países do Mercosul, que, segundo eles, permitiriam a importação de alimentos baratos que não atendem aos rígidos padrões da UE.
O assessor acrescentou que a UE entendeu que é impossível chegar a um acordo nesse contexto e que as negociações da UE com os países do Mercosul haviam sido interrompidas.
“A Comissão Europeia entendeu que é impossível chegar a um acordo nesse contexto. Acho que ela viu a situação na França, na Alemanha, na Polônia, na Holanda, em toda a Europa”, disse ele.
“Entendemos que a Comissão instruiu seus negociadores a encerrar a sessão de negociação em andamento no Brasil e, em particular, a cancelar a visita do vice-presidente da Comissão, que estava prevista para haver uma conclusão”, acrescentou.
Os negociadores comerciais da UE e do Mercosul se reuniram em Brasília por dois dias na semana passada, mas relataram “progresso limitado”, de acordo com um diplomata envolvido nas negociações, que se mostrou cético quanto à possibilidade de o acordo ser concluído antes da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) no próximo mês, como alguns esperavam.
“As negociações estão avançando lentamente, mas na direção certa. Mas levará mais tempo”, disse outro diplomata à Reuters.