Fintech britânica Ebury vê potencial para Brasil ser seu maior mercado

19 de janeiro de 2024
Imagem: Reprodução - Ebury

A atratividade do Brasil para a Ebury se baseia no significativo volume de exportações do país

A empresa britânica de pagamentos Ebury iniciou uma expansão de suas operações no Brasil. Ela enxerga potencial para que o país se torne seu principal mercado em termos de receita, disse o diretor comercial global da empresa, Fernando Pierri, à Reuters.

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A Ebury, cuja maior parte do capital é detido pelo banco espanhol Santander, realiza serviços de pagamentos internacionais, principalmente câmbio. Há planos para uma oferta pública inicial de ações (IPO) potencialmente já no próximo ano.

“Em 2024, nós vamos com certeza dobrar o volume de câmbio feito em 2023”, disse Pierri em entrevista à Reuters. A empresa realizou câmbio de 4,86 bilhões de dólares no país no ano passado.

A Ebury estreou no Brasil em 2021 por meio de uma parceria com o Bexs, que já detinha aprovação regulatória para operar como banco de câmbio no país.

Depois, a Ebury adquiriu a Bexs, em negócio concluído no final de 2023, o que permite à Ebury operar de forma mais integrada, de acordo com Pierri.

O Brasil é atualmente o terceiro maior mercado da Ebury em termos de receita, atrás apenas do Reino Unido e da Espanha, informou a empresa.

“O Brasil vai ser uma página muito importante dentro do IPO, porque o Brasil vai ser um dos países de maior relevância em termos de resultados para a companhia”, afirmou.

Pierri destacou que a Ebury não está especificamente focada em tornar o Brasil seu principal mercado. Apesar disso, ele acredita que “isso vai acabar sendo uma consequência”. O executivo não especificou quando isso pode ocorrer.

Ele acrescentou que a atratividade do Brasil para a Ebury se baseia no significativo volume de exportações do país, especialmente de commodities agrícolas. Ao mesmo tempo, enxerga oportunidades em serviços de pagamentos para empresas chinesas que atuam no Brasil.

Na América Latina, a Ebury também começou a atuar no Chile no ano passado e prevê o início de operações no México ainda este ano, segundo Pierri.

Ele disse ainda que a empresa pretende expandir operações para outros países da região, como Colômbia e Peru, embora não tenha especificado quando isso pode ocorrer.