Ibovespa abre estável após IPCA-15 vir mais fraco do que o esperado

26 de janeiro de 2024

O Ibovespa opera perto da estabilidade, com leve queda de 0,02% na abertura do pregão desta sexta-feira (26), a 128.142 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Por aqui, o mercado digere a divulgação do IPCA-15 de janeiro, que veio abaixo do esperado pelo mercado. No exterior, a expectativa fica em torno dos dados de inflação dos Estados Unidos.

O dólar recuava 0,16% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9145.

O IPCA-15 iniciou 2024 com desaceleração e bem mais fraco do que o esperado, após a inflação ter voltado a ficar abaixo do teto da meta em 2023 em meio ao afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em janeiro alta de 0,31%, depois de ter subido 0,40% em dezembro, mostraram nesta sexta-feira dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A leitura mensal do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de uma aceleração da alta a 0,47%.

O resultado leva o IPCA-15 a acumular nos 12 meses até janeiro avanço de 4,47%, contra 4,72% no mês anterior e projeção de analistas de 4,63%.

No cenário corporativo, a Americanas anunciou na noite de quinta-feira (25) que vai adiar para 19 de fevereiro a publicação dos balanços financeiros dos primeiro, segundo e terceiro trimestres do ano passado, segundo fato relevante ao mercado. A divulgação estava anteriormente prevista para ocorrer no dia 31 deste mês.

A Vulcabras anunciou que pretende realizar uma oferta pública primária de pelo menos R$ 250 milhões, podendo atingir o dobro deste valor dependendo da demanda dos investidores, segundo fato relevante ao mercado.

Dona da Olympikus e operadora das marcas Under Armour e Mizuno no país, a Vulcabras afirmou que a “potencial” oferta conta com compromissos de investimento equivalentes a até R$ 252 milhões, dos quais até R$ 175 milhões são relacionados ao acionista controlador ao preço de R$ 18,50 por ação.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, será divulgado o Personal Consumption Expenditure (PCE), índice preferido pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano, para medir a meta de inflação. A expectativa para o acumulado em 12 meses de 2023 é de 2,6%, inalterado ante o resultado de dezembro. No caso do “núcleo” da inflação, que exclui os preços mais voláteis de alimentos e de energia, a projeção é de uma desaceleração para 3,0% ante os 3,2% dos 12 meses até novembro.

Na Ásia, as ações chinesas caíram nesta sexta-feira, depois de três sessões de ganhos após a decisão do governo de implementar medidas de apoio, enquanto os investidores realizavam lucros e aguardavam com cautela mais detalhes sobre os planos de estímulo.

Os fortes desempenhos semanais foram sustentados por uma série de medidas de apoio de Pequim, incluindo um corte profundo na taxa de compulsório, medidas para aliviar uma crise de liquidez enfrentada por incorporadoras imobiliárias e notícias sobre um pacote de resgate de 2 trilhões de iuanes (US$ 278,53 bilhões) para comprar ações.

Em dezembro, as autoridades do Banco do Japão debateram ativamente as condições para a eliminação gradual do estímulo e concordaram em aprofundar as discussões sobre o ritmo adequado dos futuros aumentos das taxas de juros, segundo a ata da reunião, um sinal de que estavam se preparando para uma saída de curto prazo das taxas de juros negativas.

A ata foi divulgada depois que o Banco do Japão (BOJ, na sigla em inglês) sinalizou, na terça-feira, sua convicção crescente de que as condições para a eliminação gradual de seu enorme estímulo estavam se encaixando, sugerindo que em breve as taxas de juros de curto prazo sairão do território negativo.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,60%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,51%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,14%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 1,34%.

Na Europa, a inflação da zona do euro pode cair mais rápido do que o esperado este ano uma vez que o crescimento econômico permanecerá anêmico, de acordo com uma série de pesquisas e indicadores nesta sexta-feira, reforçando as apostas de um início antecipado dos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu.

O BCE manteve as taxas de juros na quinta-feira e insistiu que até mesmo uma discussão sobre cortes é prematura porque as pressões sobre os preços ainda não foram totalmente extintas.

Mas novos números mostram que a inflação está esfriando rapidamente, o crescimento está anêmico e o aumento dos empréstimos está, na melhor das hipóteses, saindo do fundo do poço após um 2023 excepcionalmente fraco.

Por lá, a economia da Alemanha ficará, na melhor das hipóteses, estagnada no primeiro trimestre, enquanto a inflação poderá desacelerar sensivelmente no início do ano, informou o banco central do país em um relatório econômico mensal nesta sexta-feira.

A economia alemã sofreu uma contração de 0,3% em 2023 e a demanda fraca por bens em seu vasto setor manufatureiro está segurando as expectativas, pesando sobre todo o bloco monetário de 20 países.

O Stoxx 600 ganhava 1,15%; na Alemanha, o DAX avançava 0,32%; o CAC 40 em alta de 2,30% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,75%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 1,53% no Reino Unido.

(Com Reuters)