Pré-mercado: ataques no Iêmen fazem preço do petróleo disparar

12 de janeiro de 2024

Bom dia. Estamos na sexta-feira, 12 de janeiro.

Cenários

A manhã começou com uma forte alta nos preços do petróleo. Os contratos futuros do barril de petróleo do tipo Brent com vencimento em março estão subindo 3,60% na bolsa de Londres, para US$ 80,20. A alta decorre de um ataque conjunto realizado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido a rebeldes Houthi localizados no Iêmen.

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Os rebeldes, que se envolveram em uma guerra civil há dez anos, vinham atacando navios petroleiros no Mar Vermelho durante as últimas semanas. Várias empresas de transporte marítimo passaram a usar outras rotas e circunavegar a África, aumentando o tempo e o custo da viagem. Agora, os rebeldes foram alvo de 73 ataques aéreos e marítimos, que mataram cinco militantes do grupo. Um porta-voz militar americano informou à Reuters que os ataques visavam enfraquecer o grupo em termos militares.

Perspectivas

A guerra civil no Iêmen é classificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o pior desastre humanitário da atualidade. Os conflitos levaram ao deslocamento de 4,5 milhões de pessoas. Cerca de 80% da população vive na pobreza e 11 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária, segundo a ONU. Na prática, o conflito é uma guerra indireta entre a Arábia Saudita, onde o governo é sunita, e o Irã, de maioria xiita. Cada um dos lados da guerra civil no Iêmen é apoiado por um país, o que impede o fim das hostilidades.

O impacto é grave para a economia mundial. Apesar de o Iêmen ser um país com poucas reservas de petróleo, sua localização é estratégica. As interrupções no fornecimento são comparáveis ao efeito da guerra na Ucrânia sobre o mercado de energia na Europa. E os ataques da sexta-feira deverão manter pressionados os preços dos petróleo, com impacto negativo sobre a inflação e os juros globais.

Indicadores

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