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Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,78%, contra alta de 0,31% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27).
Com isso a taxa nos 12 meses até fevereiro passou a uma alta de 4,49%, pouco acima dos 4,47% do primeiro mês do ano. A meta para a inflação em 2024 é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
A inflação ao consumidor brasileiro iniciou 2024 sob pressão dos preços de Alimentação e Bebidas, que têm forte peso no orçamento das famílias, com atenção também às altas dos custos de serviços, embora ainda não o suficiente para mudar a perspectiva para a trajetória de cortes de juros pelo Banco Central. Em fevereiro ainda pesaram os reajustes escolares, como é normal em todo começo de ano.
O grupo Educação registrou a maior variação em fevereiro com alta de 5,07%, de 0,39% no mês anterior, exercendo o maior impacto no resultado do mês.
A maior contribuição foi exercida pelos cursos regulares, com aumento nos custos de 6,13%, devido aos reajustes praticados no início do ano letivo. As maiores variações foram registradas por ensino médio (8,58%), ensino fundamental (8,23%), pré-escola (8,14%) e creche (5,91%).
A alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro, com altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%).
Os custos da alimentação fora do domicílio aceleraram a 0,48%, de 0,24% em janeiro.
Os preços de Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, subiram 0,76% em fevereiro, influenciado por plano de saúde (+0,77%), produtos farmacêuticos (+0,61%) e itens de higiene pessoal (0,70%).
O BC, no entanto, indicou cautela na condução da política monetária, e analistas destacam o ambiente de mercado de trabalho aquecido que favorece o consumo.
A pesquisa Focus divulgada nesta terça-feira (27) pelo Banco Central mostra que a expectativa do mercado é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 3,80%, com a Selic a 9,00%.