Americanas tem prejuízo de R$4,6 bilhões nos primeiros 9 meses de 2023

26 de fevereiro de 2024
Loja da Americanas - Foto: Americanas - Divulgação

A varejista registrou um prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões nos primeiros três trimestres de 2023, após um prejuízo revisado de R$ 6,03 bilhões um ano antes

A Americanas divulgou nesta segunda-feira (26) seus resultados para os primeiros nove meses de 2023 após vários atrasos, classificando o ano como “o mais desafiador” de sua história à luz de um grande escândalo contábil.

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A Americanas, uma empresa quase centenária que tem como acionistas de referência o trio de bilionários que fundou a 3G Capital, pediu recuperação judicial no ano passado depois de descobrir mais de R$ 20 bilhões em inconsistências contábeis.

A varejista registrou um prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões nos primeiros três trimestres de 2023, informou em documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após um prejuízo revisado de R$ 6,03 bilhões um ano antes.

A Americanas disse que os resultados foram afetados por uma “significativa queda de vendas”, principalmente na plataforma digital, e altas despesas financeiras em meio ao seu processo de recuperação judicial.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi negativo em R$ 1,56 bilhão, contra R$ 1,28 bilhão negativos um ano antes, enquanto a margem bruta melhorou 11,1 pontos percentuais, para 27,7%.

A dívida bruta permaneceu praticamente estável em R$ 38,37 bilhões.

A expectativa é que a varejista informe o resultado do quarto trimestre em março, de acordo com seu site de relações com investidores.

A Americanas divulgou em novembro passado lucros revisados ​​para 2021 e 2022 para refletir o que descreveu como uma “fraude” de ex-administradores, embora as investigações estejam em andamento.

Em dezembro, a companhia obteve a aprovação dos credores para um plano de reestruturação que incluía desinvestimentos, uma troca de dívida por capital e uma injeção de capital de até R$ 12 bilhões pelo trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

A companhia prevê uma recuperação até 2025.