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Os padrões de Basileia conhecidos como “Basel III Endgame”, a etapa final das regras internacionais de capital bancário que se seguiram à crise financeira global, podem afetar os bancos dos EUA de forma desproporcional, de acordo com a consultoria Oliver Wyman.
Cada país decide como aplicará as regras de Basileia acordadas globalmente, o que leva a algumas diferenças na prática, e as regras atuais propostas para os EUA são mais punitivas do que as propostas europeias na forma como o capital de risco de mercado, de crédito e operacional é calculado, acrescentou.
O Federal Reserve está considerando possíveis ajustes nas regras, que devem ser introduzidas em meados de 2025, depois que os bancos dos EUA alertaram que elas podem forçar um encolhimento do crédito.
Embora a Oliver Wyman espere mudanças na proposta atual das regras, a consultoria disse que o Acordo de Basileia III “pode fechar em grande parte a diferença de retorno entre os bancos dos EUA e da Europa, nivelando o campo de jogo para os europeus”.
“Isso representa uma mudança interessante de direção e uma oportunidade para os bancos europeus”, disse o sócio da consultoria Ronan O’Kelly à Reuters.
Instituições europeias como Deutsche Bank, HSBC, Barclays, BNP Paribas, Société Générale e UBS viram sua participação nos negócios de mercados de capitais diminuir para 35% em 2022, de 41% em 2012, em comparação com os bancos norte-americanos JP Morgan, Citi, Goldman Sachs e Bank of America, segundo a Oliver Wyman.
No entanto, a participação dos europeus poderá aumentar 10 pontos percentuais após a adoção das regras de Basileia III, segundo a empresa.
O Morgan Stanley, que contribuiu para a pesquisa, foi excluído dos números.
As regras atuais dos EUA provavelmente resultarão em um aumento de 35% nos chamados ativos ponderados pelo risco (RWA) para os bancos norte-americanos em nível global e para as subsidiárias nos EUA dos bancos internacionais, em comparação com 15% para os bancos europeus, disse a Oliver Wyman.
Os ativos ponderados pelo risco medem a quantidade de capital que os bancos precisam manter contra os riscos que assumem nos empréstimos.