O Ibovespa opera em queda de 0,42% na abertura do pregão desta quinta-feira (29), a 129.604 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores aguardam a divulgação do índice de inflação mais importante do ano até agora. É o Personal Consumption Expenditure (PCE) de janeiro, também conhecido como “inflação do Fed”, por ser o indicador preferido do Federal Reserve, o banco central americano.
O dólar avançava 0,36% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9871.
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O resultado do período igualou a taxa registrada nos três meses imediatamente anteriores, até outubro de 2023, e mostrou queda ante a taxa de 8,4% do mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um mercado de trabalho que vem mostrando tendência de recuperação desde a pandemia, a leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) ficou ainda abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 7,8%. No entanto, mostrou aumento em relação à taxa de 7,4% vista no quarto trimestre.
No cenário corporativo, a Ambev teve queda de 10,9% no lucro líquido do quarto trimestre de 2023 sobre um ano antes, para R$ 4,53 bilhões, com receita recuando 12% e as vendas em volume no Brasil caindo diante de uma base de comparação mais forte produzida pela Copa do Mundo de 2022.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, será divulgado nesta manhã o índice de inflação mais importante do ano até agora. O PCE é um índice de inflação com metodologia e escopo diferentes do Consumer Price Index (CPI). Além de usar uma fórmula diferente, o PCE considera mais dados do que o CPI. Não por acaso, sua divulgação ocorre no fim do mês seguinte, ao passo que o CPI é divulgado três semanas antes. Isso leva os índices a mostrar inflações muito díspares.
Segundo a agência Dow Jones, a mediana das expectativas é uma alta de 0,3% dos preços em janeiro, levemente acima dos 0,2% registrados em dezembro. No entanto, a expectativa é que a inflação acumulada em 12 meses deverá baixar para 2,4%, ante 2,6% no acumulado em 12 meses até dezembro.
Na Ásia, as ações da China subiram no último dia de negociação do mês depois que o órgão regulador de valores mobiliários disse que reforçará a fiscalização de derivativos no mercado de ações, enquanto as expectativas dos investidores por mais estímulos antes de uma importante reunião também ajudaram a elevar o sentimento.
A sessão anual do Congresso Nacional do Povo na próxima semana, na qual a meta de crescimento anual será definida e um plano será estabelecido para alcançá-la, fornecerá indicações mais claras dos esforços de estímulo do governo.
Hajime Takata, membro do conselho do Banco do Japão (BOJ), disse que o banco central deve considerar a revisão de sua política monetária ultrafrouxa, incluindo a saída das taxas de juros negativas e o fim do controle de rendimento dos títulos.
As medidas que devem ser consideradas incluem a saída do controle da curva de rendimento, das taxas de juros negativas e um ajuste no compromisso do BOJ de continuar expandindo sua base monetária até que a inflação ultrapasse 2% de forma estável, disse ele em um discurso nesta quinta-feira.
“É necessário considerar uma resposta ágil e flexível, inclusive sobre como sair ou mudar a marcha da atual política monetária extremamente acomodatícia”, acrescentou.
Na Europa, O Banco Central Europeu continuará a colocar um “piso” nas taxas de juros do mercado nos próximos anos, mas os bancos desempenharão um papel maior na decisão sobre quanta liquidez desejam, disseram quatro fontes à Reuters.
O BCE está revendo a forma como orienta as taxas de juros de curto prazo em uma nova era em que a inflação está mais alta e a quantidade maciça de dinheiro injetada no sistema bancário por meio de programas de estímulo ao longo da última década não é mais necessária, e até mesmo criar alguns efeitos colaterais indesejados.
Durante a maior parte dos últimos 10 anos, o mecanismo era simples: o BCE mantinha os juros em zero ou mais baixos e inundava os bancos com mais dinheiro do que eles precisavam por meio de compras de títulos e empréstimos, para incentivá-los a emprestar e reavivar a inflação que estava muito baixa.
A segunda maior economia da zona do euro cresceu 0,1% nos últimos três meses do ano passado, disse o INSEE em seu relatório trimestral do PIB, revisando a leitura preliminar de estagnação publicada no mês passado.
O Stoxx 600 ganhava 0,11%; na Alemanha, o DAX avançava 0,43%; o CAC 40 em queda de 0,06% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,27%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,38% no Reino Unido.
(Com Reuters)