Ibovespa abre em queda à espera dos dados de inflação de fevereiro

26 de fevereiro de 2024

O Ibovespa opera em queda de 0,20% na abertura do pregão desta segunda-feira (26), a 129.155 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. A semana será marcada pela divulgação da inflação do Brasil e dos Estados Unidos. Os números devem dar novas pistas sobre a trajetória dos juros nos dois países.

O dólar avançava 0,80% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9924.

No cenário corporativo, a Americanas divulgou nesta segunda-feira seus resultados para os primeiros nove meses de 2023 após vários atrasos, classificando o ano como “o mais desafiador” de sua história à luz de um grande escândalo contábil.

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A Americanas, uma empresa centenária que tem como acionistas de referência o trio de bilionários que fundou a 3G Capital, pediu recuperação judicial no ano passado depois de descobrir mais de R$ 20 bilhões em inconsistências contábeis.

A varejista registrou um prejuízo líquido de R4 4,61 bilhões nos primeiros três trimestres de 2023, informou em documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após um prejuízo revisado de R$ 6,03 bilhões um ano antes.

A Americanas disse que os resultados foram afetados por uma “significativa queda de vendas”, principalmente na plataforma digital, e altas despesas financeiras em meio ao seu processo de recuperação judicial.

O conselho de administração da Light aprovou uma atualização do plano de recuperação judicial da companhia, com termos e condições que buscam um maior alinhamento com os interesses de credores e outros “stakeholders”, informou a empresa elétrica na noite da sexta-feira passada.

O plano de recuperação judicial “modificativo” prevê, dentre outras medidas, o aporte de recursos na Light, mediante aumento de capital; a capitalização de determinados créditos, mediante a emissão de títulos conversíveis; bem como o pagamento integral de detentores de créditos de menor montante, de até R$ 30 mil.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, a semana será marcada por dados de inflação do país, que devem sair na quinta-feira (29). A mediana das expectativas é de que o PCE agregado terá uma variação acumulada em 12 meses de 2,4%, abaixo dos 2,6% nos 12 meses até dezembro. A projeção para o núcleo do PCE, que não considera os preços mais voláteis de alimentos, combustíveis e energia, também é de desaceleração. O prognóstico é de 2,8% em 12 meses até janeiro, ante 2,9% nos 12 meses até dezembro.

Na Ásia, as ações da China fecharam em queda nesta segunda-feira, após subirem por nove sessões consecutivas, uma vez que os investidores questionam se a recente alta poderia ser sustentada.

A recuperação recente deve-se mais ao fato de o mercado estar sobrevendido e à cobertura de posições vendidas, disse Raymond Chan, diretor de investimentos em ações na região Ásia-Pacífico da Allianz Global Investors.
“Enquanto o ciclo de deflação persistir, ele será uma preocupação para o mercado acionário chinês”, disse Chan.

A recuperação ocorreu devido a uma combinação de intervenção estatal e restrições regulatórias, disse Alvin Tan, chefe de estratégia cambial para a Ásia da RBC Capital Markets.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,54%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,48%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,93%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,35%.
(Com Reuters)