O Ibovespa opera em queda de 0,29% na abertura do pregão desta quarta-feira (28), a 131.292 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. A expectativa dos investidores deve ficar em torno da divulgação da segunda revisão do Produto Interno Bruto (PIB) americano do quarto trimestre, que ocorrerá ainda hoje.
O dólar avançava 0,43% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9540.
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A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,50%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses deflação de 3,76%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, registrou queda de 0,90% em fevereiro, contra recuo de 0,09% no mês anterior.
André Braz, coordenador dos índices de preços, destacou a queda acentuada nos custos da soja e do milho, respectivamente de 14,18% e 7,11%.
A confiança do setor de serviços do Brasil teve queda em fevereiro em meio à piora das expectativas futuras, mostraram os dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A FGV informou que a queda do ICS em fevereiro foi influenciada exclusivamente pela piora das perspectivas dos empresários do setor para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, caiu 2,9 pontos, 92,1 pontos.
No cenário corporativo, a Caixa Econômica Federal teve lucro líquido recorrente de R$ 2,87 bilhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 40,5% sobre o desempenho de um ano antes, com queda em provisão para calotes e melhora na performance operacional.
O banco apurou um resultado bruto de intermediação financeira de R$ 13,18 bilhões de outubro a dezembro, avanço anual de 31,4%, enquanto a provisão para perdas com crédito recuou quase 12%, para R$ 4,35 bilhões, segundo balanço divulgado na noite da véspera.
Os ativos do banco estatal cresceram 15,2% no período, a R$ 1,83 trilhão, com a carteira de crédito avançando 10,6%, a R$ 1,12 trilhão.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 1,8 bilhão, avanço de 5,2% ante o registrado nos três últimos meses de 2022.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, será divulgada nesta quarta-feira a segunda revisão do Produto Interno Bruto (PIB) americano do quarto trimestre. A mediana das estimativas do mercado é de um crescimento anualizado de 3,3%. Se confirmado, o prognóstico deverá aumentar a expectativa com a inflação de janeiro medida pelo Personal Consumption Expenditure (PCE), que deverá ser divulgada na quinta-feira (29).
PIB e inflação nos EUA deverão calibrar as expectativas para o primeiro semestre com relação aos juros nos Estados Unidos e definir o movimento dos mercados nas próximas semanas. Diversos diretores do Federal Reserve (FED), o banco central americano, têm repetido que a economia dos EUA está bem e que não há sinais de recessão à vista. Isso torna menos provável o começo da queda dos juros ainda no primeiro semestre deste ano.
As ações asiáticas em geral também recuaram em negociações cautelosas antes da leitura de inflação dos Estados Unidos nesta semana, que pode influenciar o momento do ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve.
A Country Garden disse que uma petição de liquidação foi apresentada contra ela por falta de pagamento de um empréstimo de US$ 205 milhões, afetando suas perspectivas de renovação da dívida e minando os esforços de Pequim para restaurar a confiança no setor imobiliário.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,51%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 1,08%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 1,91%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,08%.
O BCE tem mantido os juros em um nível recorde desde setembro e tem rechaçado de forma consistente conversas sobre cortes, argumentando que o crescimento dos salários ainda é muito rápido para que possa começar a afrouxar a política monetária restritiva.
“O processo de desinflação continuará…, assim que nossas projeções indicarem que os dados que recebemos, tanto sobre a inflação geral quanto sobre o núcleo, mostram que estamos nos aproximando de 2%, então a direção da política monetária mudará”, disse De Guindos à emissora de TV espanhola Antena 3.
O Stoxx 600 perdia 0,29%; na Alemanha, o DAX avançava 0,14%; o CAC 40 em queda de 0,12% na França; na Itália, o FTSE MIB recua 0,29%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,69% no Reino Unido.