Ibovespa hesita na abertura com Treasuries e noticiário corporativo em foco

5 de fevereiro de 2024

O Ibovespa opera em leve queda de 0,02% na abertura do pregão desta segunda-feira (5), a 127.162 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Por aqui, os investidores acompanham os balanços financeiros do quarto trimestre, enquanto no exterior as atenções se voltam para novas declarações sobre os juros norte-americanos.

O dólar avançava 0,23% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9798.

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O Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 5,8 bilhões em dezembro e terminou 2023 com um saldo negativo acumulado de US$ 28,616 bilhões, informou o Banco Central nesta segunda-feira. Com o resultado de dezembro, o déficit acumulado em 12 meses totalizou o equivalente a 1,32% do Produto Interno Bruto.

No mês, os investimentos diretos no país tiveram um saldo negativo de 389 milhões de dólares, contra resultado positivo de 5,85 bilhões de dólares projetados na pesquisa.

No cenário corporativo, a BB Seguridade teve lucro líquido de R$ 2,05 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 13,7% sobre o desempenho de um ano antes, divulgou nesta segunda-feira o braço de seguros e previdência do Banco do Brasil.

A companhia também divulgou projeções para 2024, com a expectativa para resultado operacional não decorrente de juros apontando para crescimento de 5% a 10% após expansão ligeiramente acima da estimativa de 17,6% em 2023.

O BTG Pactual teve aumento de 61% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 2,85 bilhões, apoiado por receitas recordes na maioria de suas áreas de negócios.

O BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, citou no balanço “lucro líquido recorde”, apesar do que chamou de um ano desafiador, com um ambiente de altas taxas de juros e condições mais difíceis no mercado de crédito.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve pode ser “prudente” ao decidir quando reduzir sua taxa básica de juros, já que uma economia forte permite que as autoridades do banco central dos Estados Unidos tenham tempo para criar confiança de que a inflação continuará caindo, disse o chair do Fed, Jerome Powell, ao programa de notícias da CBS “60 Minutes”.

“A atitude prudente a ser tomada é… dar um tempo e verificar se os dados confirmam que a inflação está caindo para 2% de forma sustentável”, disse Powell em entrevista que foi ao ar na noite de domingo.

“Queremos abordar essa questão com cuidado”, com a força atual da economia mantendo o risco de recessão reduzido enquanto as autoridades aguardam os últimos dados que os convencerão a prosseguir com os cortes nos juros.

Na Ásia, as ações de Xangai voltaram a cair nesta segunda-feira após a grande liquidação da semana passada, mas as perdas foram limitadas por outro conjunto de promessas dos órgãos reguladores para estabilizar o mercado e por sinais de que os investidores estatais estão comprando ações de pequena capitalização em queda.

A atividade de serviços da China expandiu em um ritmo ligeiramente mais lento em janeiro, com queda no volume de novos pedidos, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada nesta segunda-feira, sugerindo um início de ano fraco para a segunda maior economia do mundo em meio à demanda morna e à queda no setor imobiliário.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global caiu de 52,9 em dezembro para 52,7, mas permaneceu acima da marca de 50 que separa a expansão da contração pelo 13º mês consecutivo.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,15%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,49%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 1,02%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,54%.

Na Europa, a economia da zona do euro mostrou sinais preliminares de recuperação no início do ano, de acordo com uma pesquisa que revelou aumento das pressões inflacionárias, reforçando o argumento do Banco Central Europeu para manter as taxas de juros em máximas recordes.

O Índice de Gerente de Compras (PMI) Composto do HCOB para o bloco, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 47,9 em janeiro, em comparação com 47,6 de dezembro, em linha com a estimativa preliminar

Essa foi a melhor leitura desde julho, mas permaneceu abaixo da marca de 50 que separa crescimento da contração.

A confiança dos investidores da zona do euro melhorou pelo quarto mês consecutivo em fevereiro, atingindo o seu nível mais alto desde abril, mas a fraqueza da economia na Alemanha significa que é muito cedo para cantar vitória, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira.

O índice da Sentix para a zona do euro subiu para -12,9 pontos em fevereiro, de -15,8 em janeiro, acima da leitura de -15,0 estimada em uma pesquisa da Reuters com analistas.

O Stoxx 600 ganhava 0,36%; na Alemanha, o DAX avançava 0,17%; o CAC 40 em alta de 0,14% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 1,14%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,66% no Reino Unido.

(Com Reuters)