Las Vegas atinge recorde de US$ 15,5 bilhões em receita de jogos em 2023

6 de fevereiro de 2024
Getty Images

As máquinas caça-níqueis, a principal fonte de receita do cassino, geraram US$ 10,2 bilhões

Apostadores em Nevada, estado que hospeda a cidade de Las Vegas, gastaram mais dinheiro em cassinos em 2023 do que em qualquer outro ano. No período, os estabelecimentos em todo o estado arrecadaram US$ 15,5 bilhões em receita de jogos, um novo recorde anual, de acordo com a Nevada Gaming Control Board. O valor representa um crescimento de 4,6% em relação a 2022, quando o estado estabeleceu seu recorde anterior de US$ 14,8 bilhões.

Mas isso não é um grande novidade para os cassinos, que vem batendo recordes consecutivos desde que voltaram à ativa após a pandemia do Covid-19. Desde a reabertura dos cassinos de Nevada, o estado registrou 34 meses consecutivos de receitas mensais superiores a US$ 1 bilhão.

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“Seria um choque se não atingissem um novo recorde”, diz Michael Lawton, analista econômico sênior da Nevada Gaming Control Board.

A receita de jogos durante nove dos 12 meses em 2023 atingiu recordes históricos para esses meses, enquanto julho,
novembro e dezembro se tornaram os meses com maior faturamento na história do estado, de acordo com a Nevada Gaming Control Board.

A Las Vegas Strip liderou o estado em receita em 2023, com US$ 8,9 bilhões em faturamento de jogos, um aumento de 7,4% em relação a 2022. A Strip representou 90% do crescimento da receita, em comparação com 86% no ano anterior.

As máquinas caça-níqueis, a principal fonte de receita do cassino, geraram US$ 10,2 bilhões em receita no ano passado, um aumento de 2,8% em relação a 2022. A receita de caça-níqueis representou 66,3% do total de ganhos com jogos.

Os jogos de mesa, por sua vez, estabeleceram um recorde anual de faturamento na categoria, com US$ 5,2 bilhões, um aumento de 8,3% em comparação com 2022. E o jogo de cartas de alto risco, geralmente popular entre os apostadores internacionais, gerou US$ 1,4 bilhão, registrando um aumento substancial de 28,2% em relação a 2022.

O ano recorde foi impulsionado pelo crescimento contínuo no número de visitantes que vêm para a Cidade do Pecado. Segundo um relatório da Las Vegas Convention and Visitors Authority, 40,8 milhões de pessoas visitaram a cidade em 2023, um aumento de 5,2% em relação aos 38,8 milhões de turistas que vieram em 2022.

A participação em convenções aumentou quase 20% em 2023 em relação a 2022, com aproximadamente 6 milhões de pessoas vindo para a cidade no ano passado para conferências. A ocupação anual do hotel atingiu 83,5%, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior, enquanto a ocupação durante os fins de semana chegou a 90,7%.

Mas, olhando para antes da pandemia, a visitação está 4% abaixo das 42,5 milhões de pessoas que passaram por Las Vegas naquele ano. A participação em convenções também está abaixo de 2019, quando 6,6 milhões de pessoas vieram para conferências.

Perspectiva

De acordo com um relatório publicado em dezembro pela Fitch Ratings, os analistas estão reduzindo suas expectativas para 2024 devido à redução da demanda reprimida gerada durante a pandemia. “Las Vegas continua a superar os recordes anteriores de receita de jogos, mas pode declinar em 2024 à medida que o impacto da demanda reprimida desaparece e a composição do cliente muda para mais clientes não jogadores”, afirma o relatório.

Brendan Bussmann, sócio-gerente da B Global, uma empresa de consultoria focada em jogos e hospitalidade, está um pouco mais otimista. “Neste ponto, US$ 1 bilhão se tornou o padrão mensal de receita”, diz Bussmann. “O ano passado trouxe números espetaculares, não há outra maneira de descrevê-los.”

Bussmann diz que 2024 já começou com força em Las Vegas com a mega conferência de tecnologia Consumer Electronics Shows e essa força continuará com o “pequeno jogo de futebol americano” – mais conhecido como Super Bowl LVIII – em 11 de fevereiro.

“Estou cautelosamente otimista de que continuaremos a ver um crescimento lento e constante em 2024, mas pode haver quedas ao longo do caminho”, diz Bussmann. “Será tudo sobre sustentar diante da incerteza econômica e questões como inflação, cortes de taxa e questões geopolíticas, que apresentam uma história cautelosa para o futuro.”