Retração da atividade empresarial na zona do euro perde força em fevereiro

22 de fevereiro de 2024
Fábrica da Knaus-Tabbert AG, Alemanha - Foto: REUTERS - Andreas Gebert

“Há um vislumbre de esperança à medida que a zona do euro avança para uma recuperação”, disse Norman Liebke, economista do Hamburg Commercial Bank

A retração da atividade empresarial da zona do euro perdeu força em fevereiro, com o setor de serviços quebrando uma sequência de seis meses de contração e compensando a deterioração no setor industrial, segundo uma pesquisa.

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O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar da HCOB, compilado pela S&P Global, subiu para 48,9 este mês, em comparação com 47,9 de janeiro e expectativa de 48,5 em pesquisa da Reuters. Ainda assim, marcou o nono mês abaixo do nível de 50 que separa crescimento de contração.

“Há um vislumbre de esperança à medida que a zona do euro avança para uma recuperação. Isso é particularmente perceptível no setor de serviços”, disse Norman Liebke, economista do Hamburg Commercial Bank.

O otimismo melhorou e as empresas aumentaram o número de funcionários pelo ritmo mais rápido desde julho, em um sinal de que esperam que o impulso continue. O índice de emprego subiu de 50,1 para 51,2.

O PMI de serviços saltou de 48,4 em janeiro para 50,0, excedendo em muito a expectativa da pesquisa de 48,8.

Mas, assim como em janeiro, houve sinais de pressões inflacionárias, com alta tanto no índice de preços de insumos e quanto de produção no setor de serviços.

Isso pode preocupar as autoridades do Banco Central Europeu, que mantiveram a taxa de juros em um recorde de 4% no mês passado e reafirmaram seu compromisso com o combate à inflação, mesmo com os investidores apostando em custos de empréstimos mais baixos este ano.

A retração da indústria manufatureira se aprofundou neste mês, com o PMI caindo de 46,6 para 46,1, contrariando as expectativas em pesquisa da Reuters de um aumento para 47,0. O índice tem estado abaixo de 50 desde julho de 2022.

“O setor manufatureiro é o entrave para a economia europeia. Isso é claramente demonstrado pelo declínio acentuado na produção e pelo peso nas novas encomendas”, acrescentou Liebke.