O negócio envolve um desembolso de caixa de R$ 157,5 milhões, sujeito a ajustes da dívida líquida e à variação do capital de giro na data do fechamento. Um ajuste no valor de pagamento será realizado para a Anglo American ou Vale, dependendo da variação do preço do minério de ferro.
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A Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar Minas-Rio, incluindo qualquer futura expansão.
“Estamos confiantes de que essa parceria destravará valor significativo para todos os nossos stakeholders. Nós planejamos destinar nossa parcela do pellet feed de alta qualidade para nossas plantas de pelotas no Brasil e, no futuro, para os Mega Hubs, produzindo briquetes de minério de ferro”, disse Bartolomeo.
O depósito da Serra da Serpentina é contínuo ao complexo Minas-Rio e possui recursos estimados em 4,3 bilhões de toneladas, o que “oferece consideráveis oportunidades de expansão, incluindo o potencial para duplicar a produção, que Anglo American e Vale avaliarão nos termos da transação”, conforme nota divulgada pela companhia nesta quinta-feira.
Minas-Rio é uma operação integrada de minério de ferro com capacidade nominal de produção de pellet feed de alta qualidade de 26,5 milhões de toneladas por ano e com potencial de expansão para até 31 milhões de toneladas na configuração atual.
Após a conclusão da transação, prevista para o quarto trimestre deste ano, a Vale receberá sua parcela proporcional da produção do Minas-Rio.
Expansões e logística
A mineradora terá ainda uma opção de compra de mais 15% na operação ampliada de Minas-Rio, mediante desembolso de caixa e ocorrência de eventos relacionados à futura expansão do complexo, como recebimento da licença ambiental.
A operação de Minas-Rio ampliada terá a opção de utilizar a linha férrea próxima da Vale e o porto de Tubarão (ES) para transportar a produção expandida como uma alternativa à construção de um segundo mineroduto para a atual instalação portuária da Anglo American no Açu.
O mineroduto Minas-Rio existente cruza a rede ferroviária da Vale a jusante do ativo da Anglo American, “permitindo que um segundo mineroduto muito mais curto se conecte com a ferrovia Vitória-Minas até o porto de Tubarão”.
A transação não inclui ou afeta a participação de 50% da Anglo American na unidade de exportação do minério de ferro no Porto do Açu, esclareceu a Vale.
Segundo comentário do Itaú BBA, o acordo é “pequeno, mas estrategicamente positivo”.
“Portanto, na nossa opinião, parece ser uma decisão estrategicamente acertada rentabilizar esse ativo. O impacto da operação no desembolso de caixa e na alavancagem é insignificante”, comentou o Itaú BBA em relatório.
A Vale seria responsável por 15% do investimento futuro, que provavelmente incluiria aportes na logística, seja em um mineroduto ou um ramal ferroviário mais curto para conectar à ferrovia, segundo o banco de investimento.