O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,36% em março, de uma alta de 0,78% em fevereiro, em um resultado que ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,32%.
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Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que a taxa acumulada em 12 meses passou a uma alta de 4,14%, de 4,49% em fevereiro e expectativa de 4,10%.
O mês de março foi marcado por uma desaceleração no avanço dos custos de Educação a 0,14%, de 5,07% em fevereiro, quando o grupo foi impactado pelos reajustes tradicionais de início do ano letivo.
No entanto, o grupo de Alimentação e Bebidas pressionou o resultado com alta de 0,91%, ainda que tenha ficado abaixo da taxa de 0,97% vista em fevereiro, exercendo o maior impacto no índice do mês.
A alimentação no domicílio subiu 1,04% em março, com aumentos dos preços da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).
Já Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,61% no período, de 0,76% em fevereiro, com avanços em saúde (0,77%), produtos farmacêuticos (0,73%) e itens de higiene pessoal (0,39%).
A inflação vem sendo amplamente considerada sob controle no Brasil, com o Banco Central dando continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário, ainda que venha ressaltando a necessidade de atenção ao aumento dos preços de serviços em meio a um mercado de trabalho aquecido.
Na semana passada, o BC decidiu por nova redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 10,75% ao ano, e encurtou sua indicação sobre cortes futuros ao citar uma ampliação de incertezas, afirmando que sua diretoria antevê corte na mesma intensidade apenas na próxima reunião, em maio.
A pesquisa Focus divulgada nesta terça-feira pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 3,75%, com a Selic a 9,00%.