“Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir”, informou o BC no documento.
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No documento divulgado nesta terça-feira, o Copom reiterou que sua diretoria antevê redução de 0,50 ponto percentual na Selic apenas “na próxima reunião”, não mais “nas próximas reuniões”, como vinha afirmando em reuniões anteriores.
O encurtamento da orientação futura de cortes, associado à apresentação do cenário mais incerto, foi interpretado por analistas como uma comunicação mais dura do BC, o que influenciou uma elevação de juros futuros no dia seguinte à reunião.
Na ata, o BC reafirmou que seu cenário base para a política monetária não se alterou substancialmente, mas, diante das incertezas, considerou apropriado ter maior flexibilidade para suas decisões.
“Ainda que a comunicação já contivesse uma condicionalidade embutida, avaliou-se que não trazia a flexibilidade requerida. Além disso, argumentou-se que uma retirada tardia, possivelmente vista como uma promessa não cumprida, deveria ser evitada”, afirmou.
“Tal alteração reflete tão somente uma análise de custo-benefício da utilização desse instrumento adicional de política monetária”, disse, destacando que seria um equívoco interpretar a mudança na sinalização como uma indicação de alteração do ciclo de política monetária compatível com o cenário base.