A taxa de desemprego no Brasil subiu e encerrou o primeiro trimestre a 7,9% diante do aumento no número de pessoas em busca de trabalho e da redução do contingente de empregados, mas ainda ficou abaixo do esperado, enquanto a renda aumentou.
O resultado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira mostrou alta em relação ao quarto trimestre de 2023, quando a taxa de desemprego havia ficado em 7,4%, mas ficou abaixo do primeiro trimestre do ano passado, de 8,8%.
Já o rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a 3.123 reais, o que representa uma alta de 1,5% na comparação trimestral e de 4,0% na anual.
O mercado de trabalho brasileiro vem refletindo um desempenho forte da atividade econômica, o que dá suporte ao consumo das famílias, destacadamente no setor de serviços.
Isso, no entanto, acende um sinal de alerta para a inflação de serviços, ponto que o Banco Central já vem ressaltando há algum tempo.
Já o total de ocupados recuou 0,8% na comparação trimestral, mas está 2,4% acima do número de trabalhadores registrados no primeiro trimestre do ano passado.
“O aumento da taxa de desocupação foi ocasionado pela redução na ocupação. Esse panorama caracteriza um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre de cada ano, com perdas na ocupação em relação ao trimestre anterior”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado não teve variação significativa na comparação com o trimestre anterior, de acordo com o IBGE, permanecendo em 38,0 milhões.