Ibovespa abre em queda com inflação no centro das atenções

10 de abril de 2024

O Ibovespa opera em queda de 0,40% na abertura do pregão desta quarta-feira (10), a 129.384 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores acompanham a repercussão da divulgação do IPCA no Brasil e do CPI nos Estados Unidos. Por lá, a inflação veio acima do esperado pelo mercado.

O dólar avançava 0,69% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,0415.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,16 por cento em março, após alta de 0,83 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

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No acumulado de 12 meses até março, o IPCA teve alta de 3,93% , contra alta de 4,50% do mês anterior.
Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,25% em março, acumulando em 12 meses alta de 4,01 por cento.

No cenário corporativo, as petrolíferas Enauta e 3R Petroleum assinaram um memorando de entendimento para levar adiante uma proposta de fusão revelada no início deste mês, anunciaram as companhias nesta quarta-feira.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, os preços ao consumidor nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em março, em meio a aumentos nos custos da gasolina e de moradia, lançando mais dúvidas sobre a possibilidade de o Federal Reserve começar a cortar a taxa de juros em junho.

O índice de preços ao consumidor aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira.

Os custos da gasolina e da moradia, que incluem aluguéis, foram responsáveis por mais da metade do aumento do índice.
Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%, também porque a baixa leitura do ano passado foi excluída do cálculo. Isso se seguiu a um aumento de 3,2% em fevereiro.

Na Ásia, as ações da China caíram nesta quarta-feira, pressionadas pelo setor imobiliário, enquanto o mercado de Hong Kong subiu liderado pelos papéis de tecnologia.

A agência de recomendação de risco Fitch revisou sua perspectiva sobre a China para negativa, citando riscos crescentes para as finanças públicas do país.

“Até o momento, a reação do mercado à notícia do rebaixamento da Fitch parece ter sido bastante discreta, em comparação com o rebaixamento da Moody’s em dezembro passado. No entanto, isso ainda pode prejudicar o sentimento do mercado no curto prazo em relação à China, enquanto o nível de confiança já está baixo”, disse Xiaojia Zhi, economista-chefe para a China do Credit Agricole CIB.

Várias incorporadoras imobiliárias relataram um enfraquecimento nas venda em março, sugerindo uma pressão contínua e arrastando as ações do setor imobiliário para baixo.

Os investidores estão aguardando uma série de dados econômicos que serão divulgados nesta semana e na próxima para avaliar os rumos das políticas econômicas.

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central não responderá diretamente a movimentos da moeda ao definir a política monetária, afastando as especulações do mercado de que as fortes quedas do iene poderiam forçá-lo a aumentar a taxa de juros.

No entanto, Ueda manteve seu otimismo em relação às perspectivas salariais e sinalizou a possibilidade de outro aumento dos juros se a tendência da inflação, que ainda está abaixo de 2%, aproximar-se desse nível conforme projetado.

“De forma alguma mudaremos a política monetária diretamente em resposta aos movimentos da taxa de câmbio”, disse Ueda ao Parlamento, quando perguntado por um parlamentar da oposição se os movimentos do iene teriam algum impacto na decisão do Banco do Japão sobre o momento do próximo aumento de juros.

O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 1,85%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,47%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,70%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,48%.

(Com Reuters)