- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Agora, a instituição financeira prevê redução de 0,25 ponto percentual em junho, que seguiria um ajuste de 0,50 ponto no encontro de maio do Comitê de Política Monetária (Copom).
Anteriormente, o JP Morgan esperava que um processo de desinflação doméstico, juntamente com o que se pensava ser um provável início de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve em junho, permitiriam outro corte de 0,50 ponto no encontro do Copom de junho.
“O crescimento econômico globalmente resiliente e as persistentes pressões inflacionárias estão levando a uma reavaliação do comportamento dos principais bancos centrais e, consequentemente, à desvalorização cambial no Brasil.”
Nesta segunda-feira (15), o dólar chegou a superar os R$ 5,19 em meio aos novos temores sobre a política monetária do Federal Reserve, com operadores passando a precificar menos de dois cortes de juros de 0,25 ponto percentual pelo Federal Reserve até ao final do ano, conforme dados de inflação e atividade têm surpreendido para cima.
No final do ano passado, os mercados chegaram a precificar cerca de 1,50 ponto em reduções de juros pelo Fed ao longo deste ano, num momento em que a perspectiva de inflação era bem mais otimista.
“Já reforçamos que a projeção de taxa acima da neutralidade era resultado das nossas expectativas de um crescimento sólido do PIB, de condições financeiras globais restritivas e de incertezas fiscais e políticas internas. Este continua a ser o nosso cenário central”, disse o JP Morgan no relatório.
“Mas, à medida que a significativa desinflação do núcleo que começou em março continua no segundo trimestre, acreditamos que o Banco Central será capaz de entregar a mesma taxa terminal de 9,5%.”
Sobre a cena fiscal doméstica, o JP Morgan disse que monitorará eventuais mudanças nas metas de resultado primário do governo.
O governo encaminhará ao Congresso nesta segunda-feira o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, com projeções para o resultado primário das contas do governo central em 2025 e à frente.