Ibovespa abre estável em semana de decisão do BC e balanços no Brasil

6 de maio de 2024

O Ibovespa apresentou hesitação nos primeiros negócios desta segunda-feira (6), após duas altas consecutivas, com a agenda da semana no Brasil destacando a decisão de política monetária do Banco Central, bem como uma série de balanços corporativos, incluindo o Itaú Unibanco, entre outros, após o fechamento.

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Às 10h30, o Ibovespa registrava uma leve alta de 0,03%, alcançando 128.516,82 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 12 de junho, apresentava uma queda de 0,42%. Enquanto isso, o dólar à vista estava em alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,08 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,03%, atingindo 5,0860 reais.

Economistas consultados pelo Banco Central passaram a prever juros mais altos ao final de 2024, com as projeções agora incorporando um corte de apenas 0,25 ponto percentual na Selic no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana.

O levantamento semanal Focus, que reflete a percepção do mercado para indicadores econômicos, indicou que os economistas elevaram para 10,50% sua estimativa para a taxa de juros no final de maio.

O BC encerrará sua reunião de política monetária de dois dias na quarta-feira, dia oito de maio, num cenário de incertezas renovadas que levou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a sugerir em abril que o Copom reduzisse o ritmo de cortes na Selic, atualmente em 10,75%, apesar de sua orientação futura mais recente ter indicado a manutenção do ritmo de 0,50 ponto.

Quanto aos indicadores econômicos, a dívida bruta do Brasil registrou um aumento em março, mas ainda ficou abaixo do esperado, enquanto o setor público consolidado brasileiro apresentou um superávit primário, contrariando as expectativas.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou março em 75,7%, contra 75,5% no mês anterior. Já a dívida líquida foi de 61,1%, em comparação com 60,9%. As expectativas em uma pesquisa da Reuters eram de 75,8% para a dívida bruta e de 61,3% para a líquida.

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil subiu em abril e atingiu o maior nível em um ano e meio, mostrando um cenário positivo para o mercado de trabalho, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho, avançou 0,7 ponto em abril, para 80,2 pontos, o maior nível desde setembro de 2022 (83,8 pontos).

A atividade de serviços do Brasil teve uma desaceleração no início do segundo trimestre com o enfraquecimento das vendas em abril, conforme indicou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Em abril, o PMI do setor compilado pela S&P Global caiu para 53,7, de 54,8 em março, mas ainda permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo sétimo mês consecutivo. De acordo com os entrevistados, shows locais, eventos, iniciativas de marketing e resiliência da demanda ajudaram no crescimento das vendas, porém a um ritmo mais fraco do que em março.

No cenário internacional, a expansão da atividade de serviços na China desacelerou um pouco em abril, em meio ao aumento dos custos, mas o crescimento do volume de novos pedidos acelerou e o sentimento das empresas melhorou, impulsionando as expectativas de uma recuperação econômica sustentada. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global diminuiu de 52,7 em março para 52,5 em abril, permanecendo em território expansionista pelo 16º mês consecutivo. A marca de 50 separa expansão de contração.

Na zona do euro, a atividade empresarial expandiu-se no ritmo mais rápido em quase um ano no mês passado, uma vez que o ressurgimento do setor de serviços mais do que compensou uma retração no setor industrial. O PMI saltou para 51,7 em abril, em comparação com 50,3 de março e superando a estimativa preliminar de 51,4. Esse foi o segundo mês acima da marca de 50 que separa crescimento da contração, e o nível mais alto desde maio do ano passado.

(Com Reuters)