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Segundo Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, a consistência dos resultados decorre de uma decisão de reduzir o risco da carteira de empréstimos. “Optamos por diminuir nossa exposição aos chamados clientes de mar aberto, aqueles que captamos e que não têm histórico com o banco”, disse ele. “Essa decisão se mostrou extremamente acertada, pois esses clientes teriam pesado nos resultados.”
O banco segue focando no aumento de eficiência e no corte de custos. O custo operacional subiu cerca de 2,6% em 12 meses, “pouco mais da metade da inflação”, disse Maluhy Filho. No primeiro trimestre, o índice de eficiência (que é uma relação entre o custo operacional e o gasto com tarifas) caiu para 39,6%, baixa de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, e o menor desde a fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008.
Analistas
Segundo a equipe de analistas da Levante Investimentos, “o crescimento sustentável da carteira de crédito, aliado à melhoria na qualidade dos ativos e à eficiência operacional, fortalece a posição do Itaú como um dos principais players do setor financeiro”. A equipe da Levante prevê a “entrega de resultados consistentes no longo prazo” e está “otimista em relação ao potencial de crescimento e à solidez financeira” do banco.
Pedro Serra, analista CNPI da Ativa Investimentos, avalia que o banco “dificilmente poderá surpreender positivamente em seus resultados ao longo do ano”, mas que “também tem probabilidade baixa de decepcionar seu acionista” Para ele, “a previsibilidade e a monotonia dos seus resultados trimestrais são positivos, e demonstram o merecimento do Itaú ao negociar com prêmio em relação aos seus concorrentes”.