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A carteira de crédito expandida cresceu 60% na comparação anual, para R$ 11,7 bilhões. Segundo Clive Botelho, membro do comitê executivo do banco, o crescimento deve-se à expansão dos empréstimos de varejo garantidos, ou colateralizados, além do empréstimos às grandes empresas. “A diversificação é um dos pilares mais importantes de nossa estratégia”, diz Botelho. “O primeiro trimestre costuma ser mais fraco para o crédito corporativo e mais forte para o crédito garantido, devido ao reajuste anual do salário-mínimo.”
O banco encerrou o trimestre com recursos captados de R$ 14,4 bilhões, representando um crescimento ano contra ano de 36%. Segundo Rodrigo Pinheiro, diretor executivo do banco, o patrimônio de referência cresceu 52% na comparação anual para R$ 1,4 bilhão, elevando o índice de Basileia para 13,7%, crescimento de 2,6 pontos percentuais no período. O banco distribuiu R$ 16 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) em abril de 2024 referentes ao primeiro trimestre, totalizando R$ 0,08 por ação e com um dividend yield de 9% em 12 meses.
Mudança estratégica
Segundo Noberto Pinheiro Jr, diretor-executivo do Pine, a decisão de reorientar a estratégia ocorreu no fim de 2021. “Antecipamos corretamente que os juros iriam subir, um aperto na política monetária estava contratado pelo Banco Central”, diz ele. “Optamos então por reduzir a carteira para grandes empresas e sermos restritivos na concessão de crédito.”
Além de pisar no freio, o Pine alterou a direção, e passou a colocar força em empréstimos garantidos por benefícios do INSS e pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O risco é proporcionalmente mais baixo que de outros empréstimos de varejo, mas a margem é mais elevada do que no caso dos créditos para empresas de grande porte.
Rentabilidade
Segundo Einar Rivero, sócio fundador da consultoria Elos Ayta, o resultado do Pine coloca o banco entre os mais rentáveis para o investidor. “O Pine também é um bom pagador de dividendos, seu dividend yield é o quarto maior do mercado”, diz Rivero.