O sexo feminino sofre muito mais com o estresse do “dress-code” do que os homens. Ainda tendo as entrevistas de emprego como exemplo, são muitos os detalhes que podem ter forte influência na hora de decidir o que vestir: acessórios, perfumes, comprimento da roupa e assim por diante. Após a contratação, é preciso apenas impressionar com competência e satisfazer com suas habilidades, não necessariamente com estilo ou coisas do tipo.
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Mas um novo ponto de vista pode ser percebido sobre o vestuário feminino no mercado de trabalho a medida em que as mulheres passaram a prestar mais atenção no cuidado de si mesmas. De acordo com um relatório do Conselho Empresarial das Mulheres dos EUA, mais de 1.100 novas empresas norte-americanas são de mulheres, o que as faz gerar mais de US$ 1,4 trilhão de receita anual. As empreendedoras estão redefinindo as regras das vestimentas no trabalho. Com isso, elas estão cada vez menos pensando nas regras, mas sim na promoção das marcas. E os grandes exemplos sobre isso são os co-workings, onde cada vez mais o sexo feminino ocupa seu lugar.
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O veículo norte-americano “The Wall Street Journal” perguntou a algumas mulheres engajadas no mercado de trabalho a opinião delas sobre o polêmico assunto. A sócia-gerente da QSocial Media Ltd, LaQuishe Wright, de 40 anos, por exemplo, controla com mídias sociais para Channing Tatum e Zac Efron e aluga espaço na filial de Hollywood da WeWork quando está na cidade para reuniões e acredita que o seu cartão de visita é a sua vestimenta: “para vender o meu trabalho, preciso mostrar a excelência no que faço pelo que visto”. Portanto, investe em modas minimalistas, joias de assinatura e aposta em um olhar eficiente, mas enfaticamente pessoal.
Então, sob um novo paradigma criativo, onde sua camisa ou sapato podem dizer o que sua empresa faz ou o quanto ela prospera, Nancy A. Shenker, de 60 anos, decidiu reinventar-se e, ao mesmo tempo, construir uma companhia de marketing em Nova York, a theONswitch. Quando ela abandonou o seu título de executiva no Citibank, sentiu-se extremamente ultrapassada em termos de moda e de energia. “Nós fornecemos soluções de marketing pouco peculiares e o meu estilo precisava refletir essa atitude e assumir esta postura”, explicou Nancy. Já Tania Haigh, da Magnolia Insights, se concentra em marketing para mulheres e mães. “Precisei voltar minha aparência pessoal para refletir na abordagem contemporânea que damos às nossas clientes”, disse a moça de 37 anos que dá preferência a estampas, saias lápis e botas.
Esta maneira de abordar o vestuário de trabalho tem sido esclarecedora para aqueles que contratam a nova geração de trabalhadores e não subscrevem o que é apropriado ou não. Tania Haigh, por exemplo, disse ao “The Wall Street Journal” que descobriu “precisar ter mente aberta e não julgar o que estava vestindo como aceitável ou não aos seus clientes”. “Meu objetivo é criar uma cultura de autenticidade e, assim, nos aproximarmos do nosso próprio ‘código de vestimenta'”, complementou ao WSJ.
A popularização da autenticidade faz com que esses novos chefes não tenham muitas normas de vestuário impostas, nomeadas ou definidas. Um duplo padrão foi criado e já não existe o que é correto ou não. Afinal de contas, o próximo Mark Zuckerberg não tem nenhum uniforme para ser identificado e, claramente, não será pela roupa que isso acontecerá.
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Veja a galeria de fotos abaixo algumas novidades das grandes marcas e o que especificamente as grandes mulheres empreendedoras tem vestido, de acordo com o seu gosto, estilo e área de trabalho: