Gigante de energia Cummins tem primeira CEO mulher

18 de julho de 2022

Atual presidente e COO da Cummins, Jennifer Rumsey assume como CEO em agosto

A maior fabricante de motores a diesel para caminhões e veículos pesados ​​quer ser uma peça importante em um mercado global crescente de veículos elétricos e movidos a hidrogênio. Quem lidará com isso a partir de agora será a nova CEO, Jennifer Rumsey, que está sucedendo o chefe Tom Linebarger no cargo.

Rumsey, atualmente presidente e COO da fabricante com sede em Columbus, cidade americana no estado da Indiana, começa seu novo emprego como CEO em 1º de agosto. Ela será a primeira mulher a liderar a Cummins desde sua fundação, em 1919, e apenas a sétima CEO em mais de um século de empresa. Linebarger, que lidera a companhia desde 2012, se tornará presidente executivo e também permanecerá como presidente do conselho.

Durante sua década dirigindo a Cummins e mesmo antes disso, Linebarger começou a olhar além do negócio principal de diesel da empresa. Entre outras coisas, ele criou a divisão New Power, focada na comercialização de baterias, sistemas híbridos e células de combustível de hidrogênio para caminhões, trens e outros veículos pesados. Rumsey, 48 anos, trabalhou com ele e pretende continuar a mudança para produtos que geram menos emissões.
“Essa transição não será fácil. Ainda há um avanço significativo em algumas dessas tecnologias necessárias para serem viáveis ​​para nossas aplicações”, disse Rumsey à Forbes. Para sistemas de bateria e hidrogênio em particular, “deve haver uma construção significativa de infraestrutura”, disse ela.

Natural de Indiana, Rumsey trabalha para a Cummins desde 2000, depois de passar um ano como líder trabalhando em células de combustível de hidrogênio para a empresa americana Nuvera. Ela é formada em engenharia mecânica pela Purdue University de Indiana e pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Ao assumir essa nova função, Rumsey se junta a Mary Barra, da General Motors, como uma das poucas mulheres líderes de indústrias globais. E, como Barra, que está fazendo a GM se tornar uma líder de vendas de veículos de passageiros com emissão zero, ela quer posicionar a Cummins para ver o tipo de domínio alcançado no diesel em sistemas elétricos e de hidrogênio.

A empresa vende cerca de um milhão de motores anualmente, principalmente a diesel, que movimentam caminhões, barcos, trens, equipamentos de mineração, veículos militares e geradores. A Cummins teve lucro líquido de US$ 2,1 bilhões (R$ 11,27 bilhões) no ano passado, com vendas de US$ 24 bilhões (R$ 128,8 bilhões). Desse total, a unidade New Power contribuiu com apenas US$ 108 milhões (R$ 579,6 milhões) de receita em 2021. A empresa deve divulgar os resultados do segundo trimestre e do primeiro semestre em 2 de agosto.

A Cummins também está concluindo a aquisição da fabricante de componentes automotivos Meritor por US$ 3,7 bilhões (R$ 19,8 bilhões). A compra foi anunciada no início deste ano e pode haver mais negócios por vir, disse Rumsey, sem identificar alvos potenciais.

“Continuamos avaliando outras aquisições que fazem sentido para preencher algumas das principais tecnologias que podemos precisar”, disse ela.

Linebarger, de 59 anos, disse que Rumsey é adequada para conduzir os negócios da companhia e que foi fundamental para gerenciar as operações globais da Cummins como COO, principalmente no ano passado, quando os problemas da cadeia de suprimentos e os preços mais altos das commodities se tornaram grandes dores de cabeça para a empresa.

“Jen é um talento único e a líder certa para a Cummins”, disse Linebarger em um webcast. “Ela tem sido minha parceira no desenvolvimento da estratégia Destination Zero, que define como a descarbonização do nosso setor será uma oportunidade de crescimento significativa para a Cummins.”

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