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Williams, 23 vezes campeã de Grand Slams, expressou alguma frustração por não conseguir solidificar sua reivindicação como a maior do tênis de todos os tempos, ultrapassando o recorde de Margaret Court de 24 títulos importantes. Mas ela pode se consolar com o fato de ter mudado o jogo para as atletas femininas financeiramente.
Ela tem tido ainda mais sucesso fora das quadras, ganhando mais de US$ 340 milhões brutos de patrocínios, aparições e outras parcerias comerciais, segundo estimativas da Forbes. Em maio, ela ficou em 31º lugar em nosso ranking anual dos atletas mais bem pagos do mundo, com US$ 45,3 milhões (R$232 milhões), quase tudo vindo de patrocínios.
Serena está entre as mais ricas
Williams tem mais de uma dúzia de parceiros corporativos e, mesmo com sua agenda de jogos diminuindo, com não mais de oito torneios em um ano desde 2015, ela manteve sua presença constante na televisão, aparecendo em dois comerciais do Super Bowl este ano. Isso a ajudou a garantir um lugar na Forbes das lista da mulheres mais ricas dos Estados Unidos, na 90ª posição, com um patrimônio líquido estimado em US$ 260 milhões (R$ 1,33 bilhão). Maria Sharapova (Nº 97, US$ 220 milhões ou R$ 1,13 bilhão) é a outra atleta presente na lista.
Os anunciantes nem sempre lhe deram o devido valor. Sharapova a ultrapassou fora da quadra por 11 anos seguidos, mesmo enquanto Williams acumulava Grand Slams. Mas um ressurgimento no final da carreira ajudou Williams a encerrar essa sequência em 2016, e não há como argumentar com sua longevidade. Quando Sharapova se aposentou em 2020 aos 32 anos, ela ganhou cerca de US$ 290 milhões (R$ 1,48 bilhão) fora das quadras, mais de US$ 50 milhões (R$ 256 milhões) a menos que o total da carreira de Williams.
Tenista investe em startups
Muitos dos patrocínios da tenista provavelmente continuarão em sua aposentadoria, assim como Sharapova continuou a promover Nike, Evian e Porsche. Mas sua atenção se voltou cada vez mais para investimentos, principalmente por meio da Serena Ventures. A empresa, que ela anunciou formalmente em 2019 e que se concentra em companhias em estágio inicial, tem investimentos em mais de 60 startups e anunciou em março que havia levantado um fundo de US$ 111 milhões (R$ 569 milhões).
Williams declarou que o fundo financiou 16 unicórnios e observou que 78% das empresas em seu portfólio foram fundadas por mulheres e pessoas negras.
Ela tem muito mais para mantê-la ocupada depois de deixar o tênis, incluindo um assento no conselho da Momentive, holding que engloba a SurveyMonkey, e outro no conselho na empresa NFT Sorare. Seu primeiro livro infantil deve ser lançado no próximo mês, e ela está expandindo seus ativos esportivos, investindo no clube de expansão da NWSL, Angel City FC, em 2020, depois de comprar uma pequena participação no Miami Dolphins da NFL em 2009.
“Definitivamente, não quero engravidar novamente atuando como atleta. Ou estou com os dois pés dentro do esporte, ou com os dois fora”, escreveu ela. O mundo do tênis lamentará sua partida, mas Serena Williams deixou uma marca indelével.