Ao levar seu sucesso no reality show “The Real Housewives of New York City” para a sua marca multimilionária, ela foi capa da Forbes em 2011. Frankel atribui a expansão de sua carreira à sua autenticidade. “Ser autêntico te leva muito longe e é algo de que as pessoas vão lembrar”.
Frankel traz essa honestidade em seu novo livro, se abrindo sobre a verdade por trás das suas maiores vitórias e derrotas ao mesmo tempo que conta as lições aprendidas nessa trajetória. Recentemente, conversei com ela sobre os pontos-chave do livro, seu desenvolvimento como uma mulher de negócios e as suas melhores dicas para outras mulheres que querem traçar o mesmo caminho. “Ter sucesso é possível para qualquer, qualquer um mesmo.”
Bethenny Frankel: Todo aspecto do mundo dos negócios é pessoal, porque é algo que você gasta tempo fazendo longe da sua família. Às vezes, é algo que exige o maior esforço possível, sobre o qual você passa noites pensando. Apesar disso, você deve ter paixão nisso para ter sucesso. Então, é sim pessoal – e como você é na sua vida pessoal deve transbordar para como você é na sua vida profissional.
F: Por que ser verdadeira consigo mesma é tão importante para o sucesso no empreendedorismo?
BF: Você precisa estar confortável em ser sempre verdadeira, porque você vai encontrar muitos jeitos interessantes de se inspirar e se conectar com o seu trabalho através disso. Pode ser, por exemplo, um negócio em que você é levada a sério porque já negociou com eles e foi assertiva. Ou se alguém vai ser entrevistado no meu podcast, uma celebridade, por exemplo, ela sabe que eu não vou vazar nada para a imprensa porque eu tenho uma reputação de não fazer isso.
F: Como você aprendeu a se recuperar mais rápido de contratempos que todo empreendedor enfrenta?
BF: No primeiro dia praticando snowboard, você termina com alguns machucados porque está tensa e não se sente confortável. Mas cada vez que você pratica e fica melhor nisso, você se machuca menos. Ou seja, seus músculos ficam mais resistentes e você fica melhor equipada para lidar com as coisas. E com o empreendedorismo é mais ou menos assim. Eu me lembro de ir ao Today Show pela primeira vez. Foram apenas alguns minutos, mas aquilo me esgotou. E agora eu faço isso de olhos fechados. Você poderia me colocar em qualquer lugar. Então o músculo fica mais forte, e você está mais equipada para lidar com as coisas.
F: Que conselhos você pode compartilhar sobre lidar com críticas?
F: Para quem quer começar um negócio agora, como você acha que a pandemia criou novas oportunidades?
BF: As indústrias mudaram, modos de viajar, formas de trabalho, tudo mudou. As coisas estão um pouco diferentes em alguns aspectos, mas muito diferentes em outros. Quando há disrupção, surgem oportunidades. Você só tem que descobrir onde elas estão, mas tem que estar preparada para quando elas chegarem.
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BF: Quem criou esse discurso de que é necessário estar na trajetória certa logo depois da faculdade está equivocado e guiando as pessoas para a direção errada. Nessa idade, você não precisa saber o que vai fazer para o resto da sua vida. Você deve seguir suas paixões e intuições.
Todos os empregos que já tive fazem parte da minha vida ainda hoje, mesmo quando era mais jovem, como assistente, cortando salada em restaurante, organizando coisas antigas das pessoas. Essa variedade de coisas que fiz na minha trajetória é parte de quem sou hoje e do porquê tenho sucesso. Quem sabe qual é a trajetória correta? O importante é estar em um caminho e, qualquer que ele seja, dar o máximo de si. E, caso precise mudar de caminho, mude.
F: Qual você acredita ser o maior equívoco sobre o que é necessário para ter sucesso?
Essas pequenas coisas demandam muito, especialmente muita energia. Elas tiram seu tempo com familiares e filhos. Mas, para fazer as coisas do jeito certo e proteger sua marca, você realmente precisa se empenhar nisso e trabalhar duro. Pode demorar muito tempo, mas você tem o potencial. Eu raramente vejo atalhos a serem tomados. Com exceção daqueles que ganham na loteria ou herdam fortunas – nunca vi isso.