Leia mais: Veja quem são os 10 melhores CEOs do Brasil
Em nove meses como presidente da Diageo no Brasil, a executiva, vinda de 20 anos de Ambev, conta já ter revisado alguns de seus conceitos sobre destilados. Apostava, por exemplo, que os ready to drink, como Smirnoff Ice, eram o grande caminho para recrutar consumidores de cerveja. Mas foi convencida pela equipe de que havia opções mais rentáveis, como a coquetelaria, e isso levou ao lançamento de Johnnie Blonde, um uísque voltado para uso em coquetéis.
drink e cachaça.”
Leia também: Mulheres na liderança geram mais riqueza, diz CEO de empresa global de RH
Paula entrou para a Diageo em janeiro de 2022 para comandar a região PUB, mas, desde julho, passou a se concentrar apenas no Brasil. A saída do cargo de presidente para Reino Unido, Irlanda e Espanha da Anheuser-Busch InBev veio da vontade de voltar de Londres para São Paulo e trazer estabilidade para as filhas, de 15 e 12 anos.
Dentro do grupo cervejeiro, a paulistana já tinha também liderado a área de global insights em Nova York e, entre 2015 e 2018, assumido a vice-presidência de marketing no Brasil. “Fui a primeira mulher a ser vice-presidente da Ambev”, diz. “O que me orgulho bastante desse período foi um trabalho de brigar com o estereótipo que a cerveja tinha criado em torno da mulher.” Começou com a confecção de novos cartazes para a Skol por uma equipe de ilustradoras e levou a empresa a assumir o compromisso de não mais fazer comerciais com modelos de biquíni. “Entendi que meu trabalho era maior do que vender cerveja. Era mexer em cultura. É uma bênção ter marcas que podem gerar conversa.”
Reportagem publicada na edição 101, lançada em setembro de 2022.