“Essa é uma guerra a nossa energia, a nossa economia, a nossos valores e ao nosso futuro”, ela disse, fazendo referência à invasão russa da Ucrânia. “Esse é um duelo da autocracia contra a democracia. Quero deixar muito claro: as sanções à Rússia estão aqui para ficar. Essa é a hora para resolvermos o problema e não fazer apaziguamento.”
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No ano passado, von der Leyen estava na oitava posição na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo da Forbes. Neste ano, ela encabeça o ranking como resultado do seu apoio forte e decisivo à Ucrânia, bem como da sua liderança da União Europeia durante a pandemia da covid-19.
Seu apoio à Ucrânia foi rápido e amplo. Menos de uma semana após Putin ter mandado os primeiros mísseis em direção à Kyiv em fevereiro, a presidente da Comissão Europeia prometeu banir transações comerciais do banco central russo, fechar os céus europeus aos aviões da Rússia e banir agências de mídia comandadas por Putin. Em abril, ela se tornou a oficial da União Europeia de mais alto cargo a visitar a Ucrânia e se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky. Em maio
“Ela está à altura de seu poder no momento”, diz Matthias Matthijs, professor de estudos internacionais avançados na Johns Hopkins University e membro europeu sênior do Conselho de Relações Internacionais. Apesar de von der Leyen não ter sido a única líder global a impor sanções à Rússia, Matthijs afirma que ela teve um trabalho mais duro por convencer seus constituintes que essa era a coisa certa a fazer, porque a invasão causaria mais danos aos europeus do que aos outros países.
A trajetória de von der Leyen como médica e mãe de sete filhos pode explicar sua aptidão a lidar com a falta de harmonia. Seu primeiro trabalho foi como doutora em uma clínica feminina na Alemanha, onde nasceu. Ela não entrou na política até o início de seus 40 anos, quando deixou cargos locais para se tornar ministra federal de assuntos familiares e infância em 2005, posição na qual ela ajudou a começar importantes iniciativas que transformariam o sistema de acolhimento de crianças. De 2013 a 2019, ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra da defesa do país.
“Ela era incrível em criar planejamentos parentais e unidades de cuidado de crianças que não existiam antes na Alemanha”, afirma Vivien Schmidt, professora de relações internacionais na Boston University e diretora-fundadora do Centro de Estudos Europeus da universidade.
A professora explica que o planejamento de von der Leyen antes de ser eleita em 2019 foi decisivo para a sua atuação decisiva nas negociações do pacote de alívio dos danos da covid-19. Apesar de parecer, em 2019, um problema irrelevante, os lockdowns e a incerteza econômica de 2020 tornaram fundamentais as ideias de von der Leyen de lidar com a desigualdade social, fortalecer os compromissos europeus com o meio ambiente e acelerar a transformação digital.
“Trouxemos a força interior da Europa de volta à superfície”, afirmou von der Leyen. “Vamos precisar de toda essa força.”