A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) já prevê que o mesmo salário seja dado para funcionários que exercem as mesmas funções. Entretanto, ela é pouco cumprida na prática – segundo o governo, isso seria por conta do baixo valor da multa em caso de descumprimento da determinação. Assim, o novo projeto de lei – que ainda deve passar pelo Congresso para ser sancionado – determina uma multa de 10 vezes o valor do salário mais alto pago pela empresa que descumprir a igualdade salarial.
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Outras políticas voltadas a mulheres
Além do projeto de lei que garante a igualdade de remuneração a mulheres, outras políticas voltadas a essa população foram anunciadas pelo governo. Na saúde, foi assinado um decreto que regulamenta a distribuição gratuita de absorventes pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e, para o meio rural, foi divulgada a disponibilização de crédito com menores taxas para mulheres do campo.
Na ciência, a Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas e Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação, terá R$ 100 milhões para contratar mulheres de ciências exatas, engenharia e computação pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). No esporte, foi prevista ainda a licença-maternidade remunerada para atletas mulheres do programa Bolsa Atleta, uma medida que assegura o recebimento regular das parcelas da iniciativa até que elas consigam voltar às atividades esportivas.
Outros órgãos do governo também divulgaram políticas voltadas para as mulheres hoje (8). A Caixa Econômica Federal terá um programa para qualificar mulheres em três laboratórios de inovação social no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador – o “Mulheres na Favela”. Já o BNDES vai lançar uma iniciativa para acelerar startups lideradas por mulheres.