Redes de mulheres estão entre os assuntos mais falados em rodas de executivas C-Level, no Brasil e no mundo, em 2023. Nesse mundo pós-pandemia que se desenha, executivas do alto escalão se deram conta que precisam pôr as mãos em uma ferramenta de carreira que seus colegas dominam desde sempre, o networking. E perceberam também que, nesse primeiro passo, precisam fazer o trabalho entre elas.
Nos Estados Unidos, um desses “clubes”, é na verdade uma empresa que atingiu o valor de mercado de US$ 1 bilhão apenas 4 anos depois de sua fundação. O Chief reúne diretoras, vps e CEOs em mentorias, eventos, rodadas de negócios.
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Por aqui, não temos esses clubes formados como uma empresa propriamente dita, mas algumas fundadoras de grupos femininos estão começando a fazer disso um negócio. A apresentadora Ana Paula Padrão, com a Tempo de Mulher, com a consultoria fundada por ela e pela jornalista e pesquisadora Lia Rizzo, está por trás do evento que acontece amanhã (6) e domingo (7) em São Paulo, o Women on Top, reunião super exclusiva de mulheres que circulam pelo alto escalão corporativo e está em sua terceira edição.
Padrão começou a juntar essas executivas quando se deu conta da quantidade de mulheres que C-Level no ambiente corporativo em contraste com a baixa exposição dessas figuras na mídia e nos eventos corporativos. “Networking ainda está começando para as mulheres e essas profissionais querem um espaço para compartilhar questões que são só delas, que têm a ver com a carreira feminina nos alto escalões”, diz Padrão.
Uma das questões que se deu conta é a solidão que faz parte da vida de quem equilibra uma carreira ascendente e de sucesso no mundo corporativo com a responsabilidade de muitas tarefas da vida familiar e doméstica. “Eu realmente acredito que, pela primeira vez, a gente está discutindo um princípio, que deve ter sido criado por homens, de que mulheres não se ajudam e só competem entre elas”, diz a jornalista e apresentadora. “Pela primeira vez, acho que estamos desafiando essa lei.”