Fundação Fenômenos capacita Ongs lideradas por mulheres periféricas

18 de agosto de 2023

As mulheres que lideram as organizações apoiadas pela Fundação Fenômenos (Silvana do Amaral Verissimo, da Rede Nacional Mulheres Negras, Miriam Dina dos Santos Oliveira, da Aldeia Tabaçu Reko Ypy, Thamires Visgueira, diretora de finanças da Casa Neon, Ester Carro, presidente da Fazendinhando, e Matuzza Sankota, fundadora da Ong Casa Chama)

A Fundação Fenômenos, criada pelo empresário e ex-jogador Ronaldo Nazário em 2010 e voltada para ações sociais em todo o Brasil, realiza nesta sexta-feira (18) a primeira edição do Fenômenos Academy. O programa, que apóia a formação técnica de mulheres à frente de movimentos sociais ou coletivos, selecionou cinco organizações lideradas por negras e indígenas para receberem capacitação e R$ 150.000.

O evento na Casa Preta Hub, em São Paulo, apresentou as ganhadoras: Ong Casa Chama, voltada a pessoas trans, Aldeia Tabaçu Reko Ypy, Rede Nacional Mulheres Negras, Casa Neon Cunha, que presta serviços à população LGBTQIA+, e a Fazendinhando, movimento de transformação territorial, cultural e social em regiões vulneráveis.

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Os projetos contemplados receberão, além do recurso financeiro, quatro meses de capacitações realizadas de modo híbrido, mentorias nas áreas de gestão de projetos, captação e mobilização de recursos, comunicação e consultoria jurídica, entre outros temas. “O objetivo é dar uma formação a essas mulheres para que atuem diretamente na sua comunidade”, diz Patricia Viana, diretora geral da Fundação Fenômenos.

Nessa primeira edição, não houve abertura de edital, as organizações foram mapeadas por especialistas em impacto social. Inicialmente, foram avaliados 80 projetos, resultando nos cinco selecionados.

O recurso financeiro destinado às organizações apoiadas será dividido em quatro parcelas, sendo duas durante o programa. Os projetos serão acompanhados por mais 12 meses após a formação e receberão mais dois aportes semestrais baseados em dados e métricas apresentadas. “Nosso papel é identificar, apoiar e empoderar aqueles que transformam positivamente o Brasil, e as mulheres em muitos casos estão à frente desse papel junto à comunidade”, afirma Viana.