As seis presidentes de universidades da Ivy League são: Claudine Gay (Harvard), Nemet Minouche Shafik (Columbia), Sian Leah Beilock (Dartmouth), Christina Paxson (Brown), Martha Pollack (Cornell) e Mary Elizabeth Magill (Universidade da Pensilvânia).
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As mulheres só começaram a ocupar o cargo mais importante das universidades Ivy League em 1994, quando Judith Rodin foi nomeada como presidente da Universidade da Pensilvânia. Desde então, o avanço rumo à equidade de gênero tem sido lento.
O momento é de inclusão
Antes de se tornar presidente de uma universidade, o profissional precisa ocupar cargos sêniores de liderança em uma instituição, como ser reitor ou diretor acadêmico. As chances de chegar a essas funções ficam mais limitadas para pessoas de grupos sociais sub-representados.
A nomeação de seis mulheres como presidentes de universidades Ivy League é uma prova do esforço feito para alcançar a paridade de gênero nos mais altos níveis da academia. Essa nova liderança reforça o fato de que os tempos estão mudando e as mulheres são cada vez mais reconhecidas por sua capacidade intelectual e habilidades de liderança.
O efeito cascata da equidade em cargos de poder
Se todos que têm poder para tomar decisões pertencem a um mesmo grupo social, as coisas continuarão a ser feitas da mesma maneira. Para ser realmente inovador, novas ideias e perspectivas devem ser ouvidas e levadas em consideração. É quase impossível fazer isso se lideranças de contextos diversos não estiverem na sala quando essas discussões ocorrerem. As experiências, perspectivas e estilos de liderança dessas novas presidentes das Ivy League sem dúvida vão inserir novas ideias e energia no cenário acadêmico, levando a políticas e práticas mais inclusivas. Ter mulheres nessas posições de influência e decisão envia uma mensagem poderosa para meninas e mulheres que desejam se destacar no meio acadêmico, inspirando-as a perseguir seus sonhos sem medo.
Referência para a próxima geração
Você não pode ser o que não consegue visualizar. O teste “Desenhe um Cientista” é uma maneira de descobrir como as crianças veem o perfil de um cientista a partir de ilustrações delas. Esse teste foi feito com 20 mil crianças por mais de 50 anos, e os desenhos representando esses profissionais sempre foram predominantemente masculinos.
Mas desde a década de 1980, isso mudou. Enquanto os estudos originais mostraram que apenas 0,6% dos cientistas desenhados eram mulheres – que eram sempre desenhadas por meninas –, nos últimos 40 anos, 28% das ilustrações são de cientistas mulheres. Essa estatística não é surpreendente, pois houve um grande esforço nesse período para retratar mais mulheres no ramo da ciência.
Mudança de paradigma
Ter apenas uma mulher como presidente pode ser problemático, pois ela não teria nenhum par e representaria um grande grupo sozinha. A presença de seis mulheres na presidência das Ivy League muda o paradigma na percepção de papéis de liderança tradicionalmente dominados por homens, desafia estereótipos ultrapassados e abre caminho para uma sociedade mais igualitária. As realizações dessas mulheres irão catalisar a quebra dos preconceitos de gênero e criar um ambiente onde as pessoas sejam valorizadas com base em suas habilidades, e não em seu gênero.
A nomeação de seis mulheres representa um novo cenário no ensino superior dos EUA. Elas quebraram o teto de vidro, exemplificando o poder da perseverança e dedicação e estão abrindo caminho para as futuras gerações que desejam liderar pessoas e organizações.
* Dr. Ruth Gotian é colaboradora da Forbes USA. Ela pesquisa sobre sucesso profissional e é consultora de carreira para lideranças.