Ela deixou o direito para seguir o dinheiro e hoje gerencia US$ 2 bilhões

12 de fevereiro de 2024

Michelle Mayer é diretora do Merrill Private Wealth Management, serviço de gestão de patrimônio do Bank of America Merrill Lynch

Depois de se formar na faculdade de direito de Georgetown, nos EUA, Michelle Mayer passou uma década subindo na hierarquia do grande escritório de advocacia DLA Piper, trabalhando com algumas das famílias mais ricas do país. “Trabalhei com muitos gestores de patrimônio que simplesmente não entendiam como implementar essas estruturas fiduciárias complexas e não sabiam como investir”, diz ela.

Então Mayer decidiu preencher essa lacuna, passando para o lado da gestão de grandes fortunas no início de 2007. A sua conta média de cliente é de cerca de US$ 40 milhões, e hoje tem US$ 2 bilhões sob sua gestão. Sua equipe reúne estruturas como trusts e sociedades limitadas para proteger e aumentar as riquezas. Mayer não faz publicidade do seu trabalho, conquistando novos clientes por meio de referências e no boca a boca.

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Conheça Michelle Mayer, principal executiva do Merrill Private Wealth Management, serviço de gestão de patrimônio do Bank of America Merrill Lynch, e um dos destaques da lista da Forbes das principais assessoras financeiras dos EUA.

Vantagem competitiva: Mayer acredita que sua experiência como advogada a ajuda a ter uma perspectiva mais holística quando trabalha com advogados e contadores de um cliente para reduzir suas contas de impostos e implementar estruturas multigeracionais ou de caridade. “Não se trata apenas de alocação de ativos, trata-se de localização de ativos, porque se não compreendermos como funcionam as leis fiscais, não importa qual será o retorno se o governo ficar com 50% dele”.

Melhor conselho: Mayer pede paciência aos clientes quando um investimento não traz retorno instantaneamente. “Às vezes, o mais difícil de fazer é ficar parado, mas muitas vezes é a melhor coisa a se fazer.”

Perspectiva de investimento: “Acho que o maior risco que os clientes correm hoje e que talvez nem percebam é o risco de reinvestimento”, diz Mayer. “Eles estão investindo em títulos de curto prazo em um mundo com curva de juros invertida. Daqui a seis meses, é provável que as taxas sejam mais baixas.” Isso significa que o rendimento a taxas atrativas atualmente em contas de elevado rendimento poderá ser mais difícil de aplicar no final do ano. Mayer também está buscando alternativas como dívida privada e private equity para seus clientes, que normalmente já possuem liquidez suficiente.

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Estratégia de ações: Com o S&P 500, índice que reúne as maiores empresas dos EUA, de volta a patamares recordes após um 2023 agitado, Mayer está reposicionando suas carteiras públicas para aproveitar as ações que ainda podem estar subvalorizadas. “Estamos analisando como acessar as 493 ações que não tiveram o mesmo desempenho que os ‘Sete Magníficos’ no último ano, buscando índices com pesos iguais e diversificando a exposição.”

Diversidade: “Adoro ser uma das mulheres nessa indústria, porque nos diferenciamos desde o início”, diz Mayer. “Pensamos de forma diferente, abordamos os problemas de forma diferente, nos comunicamos de forma diferente, construímos relações de forma diferente, por isso é surpreendente para mim que não haja mais mulheres.”

Além do crachá: Mayer já completou seis triatlos Ironman completos e 21 meio Ironmans, e vai disputar outros quatro em 2024. Os clientes costumam se juntar a ela nas corridas. “Adoro treinar porque me acalma. Normalmente sou uma pessoa muito nervosa, esse trabalho não é para os fracos. Faço triatlos só para manter a cabeça no lugar.”