No entanto, as mulheres que compartilham a sua experiência profissional nas redes sociais frequentemente recebem menos engajamento e oportunidades do que os homens.
Com alguns cliques, podemos mudar isso, o que começaria a desafiar a tendência da sociedade de olhar mais para os homens em busca de conhecimentos especializados.
- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Gap de gênero nas redes sociais
Mulheres que entrevistei para o meu livro, “Over the Influence: Why Social Media is Toxic for Women and Girls – And How We Can Take It Back” (Além da Influência: Por que a Mídia Social é Tóxica para Mulheres e Meninas – E Como Podemos Reverter Isso”), publicado em março, também se queixaram disso. Elas viam suas postagens sendo ignoradas, enquanto os posts de seus colegas, que abordavam os mesmos temas, eram compartilhados nas redes.
Leia também:
- TikTok é nova ferramenta para subir na carreira
- Brasil é o 11º país em ranking de presença feminina na liderança; veja top 10
Homens têm mais benefícios profissionais ao usar as redes
Não é de se surpreender, portanto, que os homens pareçam obter maiores ganhos profissionais com a sua presença nas redes sociais. Em uma pesquisa de 2021, médicos relataram receber mais oportunidades de palestras e pesquisas como resultado do uso das mídias sociais do que as médicas.
Mais visibilidade às mulheres nas redes sociais
Uma maneira importante de mudar essas percepções é dar maior visibilidade ao conhecimento das mulheres. Se elas fossem apresentadas como especialistas nos nossos feeds com mais frequência, suas experiências poderiam ser consideradas tão valiosas quanto as dos homens.
Empregadores devem aumentar a visibilidade das suas profissionais em todos os níveis, compartilhando as suas postagens nas redes sociais nos canais corporativos oficiais (com a permissão delas, é claro).
Os usuários também devem reconhecer essa disparidade e seguir e compartilhar mais ativamente as postagens de mulheres.
Para resolver isso, as redes sociais precisam cumprir os padrões da sua comunidade. Não é difícil encontrar postagens odiosas e misóginas que violam as regras nas principais plataformas. “Sempre que vejo um conteúdo que possa estar violando os termos de serviço, eu denuncio”, escreve Nina Jankowicz no seu livro “How to Be a Woman Online: Surviving Abuse and Harassment, and How to Fight Back” (Como ser uma mulher no online: sobrevivendo ao abuso e ao assédio e como revidar). “Quando as plataformas respondem, geralmente é para me dizer algo como ‘sentimos muito, mas não encontramos nenhuma violação dos termos’.”
Ela diz que outras pessoas relatam o mesmo, o que é um desincentivo para as mulheres opinarem sobre temas polêmicos ou controversos, por exemplo.
Existe uma maneira simples de começar a corrigir a menor visibilidade das mulheres especialistas nas redes sociais: comece a seguir mais mulheres hoje e compartilhe os posts interessantes para você.
*Kara Alaimo é colaboradora da Forbes US. Ela é professora de comunicação na Universidade Fairleigh Dickinson, nos Estados Unidos, onde estuda o impacto das redes sociais em meninas e mulheres.