A companhia de origem europeia vinha registrando ritmo de crescimento no país de 100% ao longo dos últimos 18 meses até fevereiro, quando o receio em torno da pandemia passou a derrubar a oferta de caronas no aplicativo, que chegou a recuar entre 50% a 60% em abril, disse Ricardo Leite, diretor-geral da Blablacar no Brasil.
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Agora a companhia pretende faturar cobrando comissões pela venda de passagens de ônibus em seu marketplace. A empresa já acertou 40 parcerias com grandes transportadoras, como Itapemirim e grupo Santa Cruz, e espera ter até o próximo ano mais de 100 viações parceiras da plataforma.
Para as transportadoras, em um contexto dominado pelos efeitos da pandemia a lógica é clara: “Quem não tem interesse em vender lugar vazio? Hoje só não tem ociosidade em feriado prolongado”, disse o presidente do grupo Santa Cruz, Francisco Mazon.
Segundo ele, o movimento de passageiros em abril foi 15% do que havia sido em abril do ano passado. De lá para cá, o volume tem se recuperado, atingindo em setembro 43% do movimento registrado um ano antes.
“Não acreditamos que vamos chegar a 100% do que foi 2019 (em 2020), mas podemos chegar a 80% até o final do ano que vem”, disse Mazon, acrescentando que a empresa chegou a parar 50% de sua frota no pico da pandemia.
Leite, da Blablacar, afirmou que o mercado de ônibus rodoviários do Brasil movimentava cerca 150 milhões de passageiros todos os anos até a pandemia, gerando R$ 15 bilhões em vendas, das quais 10% são realizadas online. Enquanto isso, a companhia tem mais de 7 milhões de membros cadastrados no país, com 11 milhões de viajantes por ano.
“A pandemia causou um impacto relevante na oferta….Mas desde então estamos crescendo de maneira tímida, com picos nos feriados”, disse o executivo.
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