Open banking: só 44% dos profissionais dizem entender o assunto, aponta pesquisa

24 de setembro de 2021
Busakorn Pongparnit/Getty Images

O open banking permitirá que usuários compartilhem suas informações com outras instituições, não apenas da qual é cliente

O BC (Banco Central do Brasil) já vem atuando para  implementar no país o open banking. O modelo permite que usuários do sistema financeiro compartilhem suas informações com outras instituições, não apenas da qual é cliente – desde que forneçam uma autorização expressa para essa movimentação. A fase 3, na qual os clientes poderão fazer pagamentos Pix por meio de aplicativos que não sejam o do seu próprio banco, está prevista para 29 de outubro. Um levantamento feito entre junho e julho mostrou que uma em cada três empresas brasileiras estão em processo de adesão do sistema aberto. A pesquisa foi feita pela Quanto, plataforma onde fintechs, bancos e usuários podem compartilhar dados sobre finanças.

O trabalho veio de uma demanda da Opinion Box e está sendo divulgado com exclusividade pela Forbes. Foram ouvidos 1.021 profissionais de empresas de todo o Brasil. Os resultados mostram que 84% deles já ouviram falar em open banking mas, ao aprofundar o nível de conhecimento, só 44% afirmam entender ao menos um pouco sobre o tema. “Sempre que surge uma nova ferramenta, é natural que o mercado precise de um tempo para descobrir seus benefícios e possibilidades. A expectativa é que, aos poucos, as companhias se familiarizem com o tema”, diz Gustavo Bresler,  gerente de estratégia da Quanto.

LEIA MAIS: Quais são as reais vantagens do open banking para os brasileiros

O estudo ouviu colaboradores de médias e grandes empresas de diferentes setores, incluindo serviços, tecnologia, educação, saúde, manufatura e varejo. Do total, 54% dos entrevistados afirmou que suas companhias têm a intenção de se preparar para o open banking. Porém, apenas 3 em cada 10 profissionais disseram que essas empresas já haviam iniciado o processo. Para os entrevistados, as principais vantagens de adotar o sistema financeiro aberto são: melhorar a análise de crédito (60%), evitar fraudes (57%) e aperfeiçoar e acelerar a identificação dos clientes (55%). “Até agora, quem buscava um empréstimo ficava limitado à sua agência. Se tentar outro banco, precisa fornecer todo o extrato financeiro e, muitas vezes, nem saberia como fazer. Com o open banking,  a partir do consentimento do usuário, as instituições já têm acesso aos dados e podem analisar o pedido rapidamente”, diz Bresler. O cliente que quiser comprar um carro, por exemplo, pode receber ofertas de todas as instituições reguladas pelo BC que oferecem financiamento. 

Siga todas as novidades do Forbes Tech no Telegram

Segundo o especialista, existe aí uma chance de aumento de competitividade para as empresas. A expectativa é que as instituições financeiras abaixem o preço dos serviços para conquistar e reter clientes. “Todos os bancos precisam fazer o processo know-your-customer [conheça o seu cliente]. Alguns apps fazem isso com uma prova viva, na qual o usuário precisa tirar uma foto sua segurando o RG para validar o cadastro. Com o open banking, os dados validados já estarão disponíveis para outras empresas.”

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.