Cientistas descobrem asteroides com mais metais do que as reservas terrestres

24 de outubro de 2021
Getty Images

16 Psyche, o grande asteroide metálico ideal para mineração espacial, que só deve ser alcançado em 2026

Sabemos que a era das viagens espaciais privadas chegou, mas e quanto à ampla indústria espacial comercial? A mineração espacial tem sido muito discutida nos últimos anos, mas a tecnologia para buscar metais terrestres em asteroides ainda está um pouco distante.

Isso não mudou os planos da NASA para lançar, em 2022, a missão “Psyche” para um grande asteroide chamado 16 Psyche, que é considerado amplamente metálico e, portanto, ideal para mineração espacial. No entanto, a agência planeja simplesmente orbitar e documentar o 16 Psyche, já que ele não será alcançado até 2026.

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Agora, os pesquisadores descobriram dois asteroides próximos à Terra ricos em metais e que poderiam, um dia, ser minerados para obter ferro, níquel e cobalto para uso na Terra ou no espaço.

Eles são compostos em 85% por metais e acredita-se que um deles contenha ferro, níquel e cobalto suficientes para ultrapassar as reservas terrestres. Publicado no Planetary Science Journal, o artigo documenta dois asteroides, o 1986 DA e o 2016 ED85, cuja luz parece ser semelhante ao asteroide 16 Psyche. Os pesquisadores usaram o telescópio infravermelho da NASA situado no Havaí para estudá-lo.

Maior corpo rico em metal do sistema solar, o 16Psyche está a cerca de 370 milhões de quilômetros da Terra e tem, aproximadamente, 226 quilômetros de largura. Possivelmente composto por ferro e níquel, e acredita-se que seja o núcleo remanescente de um planeta cuja formação não se concretizou.

Em comparação, 1986 DA e 2016 ED85 são minúsculos – apenas alguns quilômetros de largura, possivelmente outros núcleos de planetas em desenvolvimento, como 16 Psyche, que foram destruídos no início da história do sistema solar. Em comparação, porém, estão muito mais próximos de nós, então seriam alvos melhores para extração de minérios.

“Nossa análise mostra que ambos têm superfícies com 85% de metal, como ferro e níquel, e 15% de material de silicato, que é basicamente rocha”, disse o autor principal Juan Sanchez, que trabalha no Planetary Science Institute no Arizona. “Esses asteroides são semelhantes a alguns meteoritos de ferro rochoso, como os mesosideritos encontrados na Terra. É gratificante termos descoberto esses mini Psyches tão próximos.”