“Queremos criar um ambiente onde os desenvolvedores possam construir e não gastar ciclos desnecessários em tarefas que podem ser automatizadas ou desviar a atenção da criação de valor para o cliente”
Além das operações no Brasil, Matt passou a ter sob sua responsabilidade as expansões do cartão no México e Colômbia e os escritórios de engenharia na Argentina, Alemanha e Estados Unidos. Ele recebeu a “benção” do ex-CTO Ed Wible, cofundador do Nubank ao lado de David Veléz e Cristina Junqueira e o cérebro de tecnologia por trás da história do banco. “Matt agrega um enorme repertório de experiência em domínios técnicos e uma expertise em desenvolvimento em larga escala que poucos líderes no mundo possuem. Estou animado em dar as boas-vindas ao Matt. Tenho certeza que ele vai fortalecer nossa equipe e nos ajudar a seguir crescendo e superando complexidades e desafios que têm aumentado à medida que ampliamos nossa base de clientes e nosso portfólio de produtos”, disse Ed, à época.
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A premissa do Nubank, de ser uma empresa de tecnologia que desenvolve soluções simples, de acordo com Matt, é refletida em uma dinâmica cada vez mais versátil. “Estamos desenvolvendo nossas tecnologias, explorando linguagens funcionais e projetos de código aberto para oferecer novos produtos e serviços, utilizando a tecnologia como um pilar fundamental para dimensionar nossa demanda por produtos convenientes e gratuitos, alinhadas ao objetivo de apoiar a inclusão financeira na América Latina”, explica.
“É necessário tomar decisões difíceis para garantir que se está alimentando a velocidade e o crescimento de curto prazo com novos produtos e recursos. Ao mesmo tempo em que assumimos compromissos com projetos que proporcionam alavancagem e qualidade de longo prazo, como plataformas e governança. Quando você tem uma cultura como o Nubank, centrada no cliente, orientada por dados e colaborativa, a tomada de decisões se torna muito mais fácil”, explica.
“Aproveitamos tecnologias como serviços de nuvem gerenciados sob demanda, o que nos permite focar na entrega de produtos e serviços, com a confiança de que a infraestrutura é escalável e segura”
Matt reforça a importância de desenvolver uma relação fortalecida com o ecossistema. “Queremos criar um ambiente onde os desenvolvedores possam construir e não gastar ciclos desnecessários em tarefas que podem ser automatizadas ou desviar a atenção da criação de valor para o cliente. A construção de sistemas distribuídos também permite que as equipes tenham mais autonomia e se movam com mais rapidez. Além disso, também aproveitamos mecanismos de inspeção, como revisões de design e arquitetura, para garantir que recebamos o melhor feedback e estejamos sempre aprendendo”, pontua.
“Estamos enfrentando um grande problema de apagão tecnológico em todo o mundo. Com o aumento significativo da demanda por serviços de tecnologia”
Por fim, sobre o futuro do Nubank e da área de tecnologia, Matt reforça: “nossa equipe de engenharia abraçou ideias de programação funcional e imutabilidade desde o início, juntamente com vários outros conceitos que nos permitiram acelerar a criação de novos recursos e projetos. Daqui para frente, acelerar a expansão tem tudo a ver com automação e reutilização de plataformas”. Questionado sobre o que um IPO pode acrescentar ao dinamismo de toda essa dinâmica, Matt manteve o protocolo: “não tenho nada a comentar sobre isso”.