Dos aproximados 217 milhões de usuários do Twitter no mundo, aproximadamente 19 milhões estão no Brasil. Isso faz com que o mercado nacional seja o quarto maior para a plataforma, de acordo com a Statista. Ainda que a empresa não abra detalhes regionais, nos Estados Unidos, a receita total do Twitter chega a 56%, sendo que os outros 44% estão distribuídos pelo mundo. Neste contexto, a operação brasileira acaba sendo estratégica ainda que não corresponda aos maiores volumes.
Liderado pela executiva Fiamma Zarife desde 2017, o Twitter se estabeleceu, na região, como um elemento importante de segunda tela. Assim que assumiu a companhia, em entrevista à Forbes Brasil, Fiamma ressaltou o foco estratégico que nortearia a empresa. “Além da publicidade das marcas, estamos trabalhando para oferecer consultoria estratégica às agências e empresas anunciantes. Como o mundo digital está conquistando mais verbas de marketing, temos a oportunidade de oferecer formatos inovadores dentro do timing certo”, sinalizou Fiamma à época.
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Com o movimento recente da aquisição do Twitter por Elon Musk no valor de US$ 44 bilhões (R$ 215,6 bilhões), pouca coisa muda do ponto de vista regional de forma direta, como analisa José Augusto Albino, fundador da Catarina Capital, mas ele destaca quatro movimentos que podem afetar até mesmo indiretamente as dinâmicas regionais. “O que podemos esperar é uma reformulação geral na estrutura, administrativa e operacional do Twitter. Hoje, ele é visto como uma empresa, de certa forma, ineficiente nas suas estruturas, seja na parte administrativa, pesquisa e desenvolvimento, vendas e comercial e algo deverá ser feito para que haja eficiência”.
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Reformulação da estrutura de moderação de conteúdo
“Hoje, boa parte é feita com inteligência artificial, mas também com alguma influência pessoal, mas a gente entende que essa é uma área que o Musk deve revolucionar, alterar e investir cada vez mais pesado na questão de inteligência artificial, eventualmente inclusive usando algumas tecnologias ou parceria com outras empresas dele, como a Neuralink.”
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Mudança em termos de oferta
“Focando menos em propaganda e muito mais em outras maneiras de monetização. A principal delas é a questão de assinatura, ou seja, fornecer alguns serviços especiais tanto para criadores de conteúdo como usuários importantes que, de forma paga, possam utilizar o Twitter. Hoje isso já existe, o Twitter Blue, como é chamado, mas ainda é muito discreto e pouco conhecido.”
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Produto
“É uma aceleração da solução de B2B, que é o Twitter Spaces, que cria um grande espaço de interação entre as pessoas, por isso entendemos que isso pode ser uma tecnologia bastante interessante, dada a capilaridade e a velocidade de divulgação do Twitter. Acho que o Twitter Spaces pode ser uma solução muito importante para monetizar no B2B.”
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Uma grande plataforma de conteúdo
“Várias aquisições que foram feitas nos últimos anos no Twitter seguem no caminho de cada vez mais ser um grande canal de notícia, consolidando outras fontes de comunicação, gerando conteúdo próprio, cada vez mais como um grande portal. Ao invés de entrar no site A, B ou C, para ver notícia na verdade vai centralizar e ver tudo dentro do próprio Twitter, dando mais autonomia para jornalistas e geradores de conteúdo, dependendo menos dos grandes canais.”