O Fórum Econômico Mundial lançou, durante o evento que ocorre em Davos, na Suíça, esta semana, uma iniciativa que se propõe a trazer mais ética e segurança ao metaverso, bem como ao uso das tecnologias imersivas relacionadas ao conceito. De acordo com a entidade, a iniciativa “Definindo e Construindo o Metaverso”, fornece orientação sobre como “criar um metaverso ético e inclusivo”, envolvendo organizações dos setores público e privado, o que inclui empresas, sociedade civil, academia e órgãos reguladores.
O documento de lançamento justifica que, uma indústria que tem potencial de superar US$ 800 bilhões até 2024, deve ser olhada com cuidado e atenção. “Nesse estágio inicial, o metaverso pode se desenvolver de várias maneiras, dependendo da pesquisa, inovação, investimento e política. A nova iniciativa reúne mais de 60 empresas líderes em tecnologia e outros setores, juntamente com especialistas, acadêmicos e sociedade civil para acelerar o desenvolvimento de estruturas de governança e políticas para o metaverso e fortalecer as oportunidades de criação de valor econômico e social”, diz a carta.
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“A iniciativa Definindo e Construindo o Metaverso fornece à indústria um kit de ferramentas essencial para construir o metaverso de forma ética e responsável. Isso ajudará a garantir que possamos aproveitar totalmente esse meio vital para a interconectividade social e econômica de maneira inclusiva, ética e transformadora”, disse Jeremy Jurgens, diretor administrativo do Fórum Econômico Mundial.
Ainda de acordo com o Fórum, a iniciativa se concentrará em duas áreas-chave: a primeira área de foco é a governança do metaverso, como as tecnologias e ambientes do metaverso podem ser desenvolvidos de maneira segura, interoperável e inclusiva. O segundo se concentrará na criação de valor e identificará os incentivos e riscos que as empresas, os indivíduos e a sociedade encontrarão à medida que o metaverso avance. A iniciativa também descreverá como as cadeias de valor podem ser afetadas, as indústrias podem ser transformadas e novos ativos podem ser criados e direitos protegidos.
Empresas assumem compromisso
“O metaverso está em um estágio inicial de seu desenvolvimento. Bem-feito, ele pode ser uma força positiva para inclusão e equidade, unindo algumas das divisões que existem nos espaços físicos e digitais de hoje. É por isso que a iniciativa será tão valiosa. Não deve ser moldado por empresas de tecnologia por conta própria. Ela precisa ser desenvolvida abertamente com um espírito de cooperação entre o setor privado, legisladores, sociedade civil, academia e as pessoas que usarão essas tecnologias. Esse esforço deve ser realizado no melhor interesse das pessoas e da sociedade, não das empresas de tecnologia”, disse Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta.
Já Brad Smith, presidente e vice-presidente da Microsoft, destacou que, “enquanto o metaverso está em seu estágio inicial, acreditamos que ele tem o potencial de oferecer conexões aprimoradas para todos. Como indústria, cabe a todos nós garantir que esse novo paradigma seja desenvolvido de forma acessível a todos, coloque as necessidades das pessoas em primeiro lugar, aprimore a conexão humana e seja desenvolvido de forma segura com a confiança incorporada pelo design. É por esta razão que estamos orgulhosos de participar deste corpo colaborativo intersetorial que definirá os padrões para o metaverso.”
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“Como parte do Grupo Sony, nosso objetivo é nos aproximarmos das pessoas, e a Sony Interactive Entertainment aborda o metaverso com a missão de imaginar ainda mais o ‘melhor lugar para jogar’. Prevemos um mundo virtual que irá cativar nossos fãs, criadores globais e unir essas duas vastas comunidades de maneiras novas e ousadas. Agora, com uma comunidade crescente antecipada de usuários envolvidos no metaverso, a governança é uma responsabilidade crítica e compartilhada de todos os seus participantes. Um metaverso acessível, seguro e inclusivo exigirá novas formas de pensar a democratização, bem como fortes compromissos de todos os envolvidos”, disse Stephanie Burns, vice-presidente sênior e consultora geral da Sony Interactive Entertainment. O projeto ainda tem o envolvimento de empresas como a Magic Leap, Lego, Walmart, Animoca Brands, dentre muitas outras.
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