Apesar disso, as ações da companhia disparavam no pregão estendido uma vez que a previsão da companhia, embora menor que o esperado, representa um retorno de crescimento de assinantes. Os papéis, que acumulam queda de 67% neste ano diante das preocupações sobre o crescimento da empresa, subiam 7% após a divulgação do balanço.
A companhia planeja lançar um serviço que prevê exibição de propaganda no próximo ano e alertou que a valorização do dólar também está atingindo a receita obtida fora dos Estados Unidos.
Apesar dos cancelamentos no trimestre não terem sido tão altos quando o esperado, a Netflix estimou que as adições de clientes durante o terceiro trimestre vão somar 1 milhão. Analistas de Wall Street, em média, esperavam uma previsão de 1,84 milhão de novos assinantes, segundo dados da Refinitiv.
Em carta para os acionistas, a companhia afirmou que examinou a queda nas assinaturas e que o movimento foi atribuído a uma série de fatores incluindo compartilhamento de senhas, competição e crise econômica.
A Netflix continua sendo o maior serviço de streaming de vídeo do mundo, com quase 221 milhões de assinantes.
Em abril, a companhia afirmou que estava trabalhando para reduzir os cancelamentos em parte por meio de ações para coibir o compartilhamento de senhas por várias pessoas e também anunciando o lançamento de uma versão mais barata do serviço apoiada por publicidade.
No segundo trimestre, a Netflix teve lucro por ação de US$ 3,20 (R$ 17,20). A receita cresceu 9%, apesar da valorização do dólar. Sem considerar o efeito cambial, o faturamento teria crescido 13%, informou a empresa.