A Ethereum Foundation estima que a mudança permitirá a redução do consumo de energia da rede em até 99,5%, o que afeta diretamente a venda e o custo do criptoativo. Relatório da XP, publicado em 2021, colocou em perspectiva a relação entre ESG e blockchain, destacando o impacto que a mineração de criptomoedas causa no ambiente.
Leia mais: Blockchain ainda é um vilão ambiental? Especialistas respondem
O que significa o The Merge?
De acordo com Ramon Silva, especialista em tecnologia e inovação, The Merge é a atualização mais importante do Ethereum até agora. “Merge, em inglês, significa ‘unir’, e a expressão é mais relacionada ao versionamento de software, em que uma versão se une com a anterior. Portanto, após The Merge, os usuários da rede passarão a usar o Ethereum 2.0 automaticamente, como se um app da Apple Store tivesse sido atualizado.”
Por que ele é tão esperado pelo mundo de criptomoedas?
“Com cada vez mais aplicações sendo construídas na rede e mais usuários a utilizando, alguns problemas começaram a ficar claros, desde as altíssimas taxas de gás à falta de escalabilidade e o consumo de energia elétrica. O Ethereum 2.0 é uma nova rede que vem para solucionar a maior parte dos problemas da versão que é utilizada atualmente”, pontua Ramon.
Leia mais: Blockchain: mitos e verdades sobre a popularização da tecnologia
O que muda a partir de agora?
Segurança
De acordo com Ramon, um dos destaques da nova versão será também a segurança. “Entre outras mudanças técnicas que tornam o Ethereum 2.0 mais seguro, enfatizo o fato de que ele torna o blockchain mais descentralizado e menos passível a ataques de 51% e 66%.”, conclui Ramon.