No encerramento do evento, Zuckerberg aproveitou para alfinetar outras empresas como a Apple, de sistema fechado. “A razão pela qual estamos no desenvolvimento do metaverso é por que queremos deixar a tecnologia mais próxima das pessoas. É o DNA da nossa companhia. Os sistemas abertos criam valor e crescimento para muitas empresas”, destacou Zuckerberg. Na semana passada, Tim Cook, CEO da Apple, declarou, em uma entrevista, que o metaverso não era uma tecnologia acessível a “pessoas comuns”.
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Ainda segundo Simone, o keynote revelou como melhorar essas relações e conexões através de avatares com mais opções de formatos de corpos, mais inclusivos, e com melhor definição de linguagem corporal e gestos faciais. “E mostraram também avatares com pernas. Outra evolução foi de avatares foto realistas e a facilidade com que eles podem ser feitos com um escaneamento simples com o celular, como é o caso do Instant Avatar. Interoperabilidade dos avatares e open metaverse também entraram na pauta, além de parcerias com empresas como a Qualcomm, Accenture e a própria Microsoft”, conclui.
Um dos destaques de produto foi o lançamento do Meta Quest Pro, novo headset de realidade mista. Com a pré-venda anunciada, o Meta Quest Pro estará disponível em 25 de outubro por € 1.799,99 / £$ 1.499,99 / US$ 1.499,99 USD. Isso inclui o dispositivo, controles Meta Quest Touch Pro, pontas Stylus, bloqueadores parciais de luz e uma base de carregamento.
Interface neuronal
A Meta também demonstrou uma interface neuronal, em outras palavras, a possibilidade de interagir com a tecnologia sem ser necessário usar um device como smartphone ou PC, no lugar, o próprio cerébro sendo utilizado como plataforma. “Essa tecnologia tem potencial para redefinir muitas das formas como se interage”, disse Zuckerberg.
Avatares com pernas
Integração com o Instagram
Como forma de integrar cada vez mais suas plataformas, a Meta anunciou também uma conexão entre o Horizon Worlds e o Reels, do Instagram. O objetivo da empresa é ampliar o alcance e reforçar o potencial da tecnologia entre seus usuários. O grande desafio ainda é regional, o Horizon Worlds, por enquanto, está disponível apenas para EUA, Canadá, França e Espanha.
Investimento em conteúdo
Um dos primeiros anúncios do evento foi uma parceria de conteúdo com a Universal em realidade virtual, que inclui a adaptação de franquias importantes da empresa de mídia nos formatos de VR. Entre eles, The Office. Além disso, o Peacock, serviço de streaming da NBC, estará disponível nos equipamentos Quest.
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O futuro do VR
Expectativa em alta
Desde que anunciou o foco estratégico no metaverso, há um ano, a Meta lida com a expectativa do público em relação ao que será, de fato, essa tecnologia. A empresa já investiu, somente na Oculus, por exemplo, divisão de VR, mais de US$ 20 bilhões. Em julho, no entanto, a companhia apresentou um prejuízo de US$ 2.8 bilhões no primeiro trimestre atribuídos aos investimentos e experimentações na divisão responsável pela tecnologia: Facebook Reality Labs.