A perspectiva prevê que os games dominem grande parte do tempo dos consumidores através de outras plataformas de mídia ou não-mídia, isso inclui do mais simples até o mais elaborado jogo, pois todos irão adicionar receita significativa ao mercado. Ainda assim, os jogos mais conhecidos mundialmente e com um público específico, irão compor a maior parte dos lucros da indústria, através de monetização, experiência de mídia, eventos virtuais e comércio.
Mudança de tendências
Segundo a Bain & Company, grande parte deste crescimento é por conta dos jovens de 13 a 17 anos que participam ativamente e passam 40% do tempo consumindo conteúdos relacionados à games em plataformas sociais de música e TV. Os jovens desta faixa etária se sentem mais confortáveis dentro desse ambiente, diferente dos jogadores entre 18 e 34 anos que não passam a maior parte do tempo produzindo ou consumindo conteúdos relacionados aos games.
A segunda tendência são as experiências no metaverso, já que os usuários estão à procura de ambientes virtuais mais imersivos, as empresas aproveitam essa oportunidade para promover eventos virtuais ao vivo, e-sports e socialização, e continuar adaptando experiências de mídia e comércio. E a terceira e última tendência que está sendo estudada são os novos modelos de monetização, o mais conhecido é o free-to-play que ganhou fama na última década e tem expandido a base de jogadores endereçáveis trazendo fama ao jogo.
O free-to-play compôs 78% da receita dos jogos e mostrou um avanço significativo nos anúncios operados que se tornaram mais aceitos em dispositivos móveis e as compras no aplicativo ganharam uma diferença. A economia do free-to-play provavelmente explodirá ainda mais à medida que os jogos do mundo virtual se tornarem a base para as inúmeras outras experiências monetizáveis como eventos virtuais ao vivo e comércio, até que mais jogadores se juntem ao metaverso.
Em quais áreas os desenvolvedores devem ficar de olho?
As quatro áreas que irão diferenciar os futuros vendedores são: escala, gerenciamento de franquia, experiência do cliente e talento.
A boa gestão das franquias também faz parte desta receita de sucesso. Conforme os jogos vão ficando cada vez mais complexos na produção, jogabilidade e duração, um ponto chave importante que a empresa deve desenvolver é uma propriedade intelectual significativa e atraente. Grandes jogos como League of Legends, Pokémon e The Witcher não ficaram somente no mundo dos games como ampliaram seus conteúdos para a TV, filmes e outras mídias, o que atraiu os produtores de Hollywood e os profissionais de marketing.
Conforme o metaverso se expande em grande escala, as empresas juntam esforços para levar os jogadores além dos jogos e da mídia relacionada, pois os cliente esperam poder alternar facilmente entre o jogo, a socialização e o comércio do mundo real e virtual. A criação de identidade, carteira e memória de experiências passarão a acompanhar cada passo do consumidor em todos os dispositivos e plataformas, permitindo uma experiência total e perfeita.
A grande oferta na procura por novos talentos não está alcançando a demanda esperada, sendo que os executivos priorizam o talento em seus objetivos. Esse desequilíbrio deve criar uma grande vantagem negativa à medida que as empresas de jogos desejam construir e manter mundos virtuais. A saída é desenvolver uma estratégia mais cautelosa no recrutamento, integração, treinamento e retenção de novos talentos que se alinhem com os propósitos da empresa.